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Manifestantes fazem ato na sede da Globo em SP e culpam mídia por prisão de Lula
18/04/2018 10:15 em Política

Cerca de 300 pessoas entoavam palavras de ordem em apoio ao petista
Manifestantes ligados a entidades de esquerda caminharam, na noite desta terça-feira (17), da estação Morumbi do metrô até a sede da Rede Globo, ambas na zona sul de São Paulo, para denunciar o que chamaram de "golpe político-midiático" e a "prisão política" do ex-presidente Lula.

Cerca de 300 pessoas, em estimativas da organização e da Polícia Militar, fecharam as duas faixas da direita da marginal Pinheiros e entoavam palavras de ordem em apoio ao petista: "Lula inocente, Lula presidente" e "Lula não se prende, Lula é a gente".

Segundo eles, o ex-presidente só está preso porque lidera as pesquisas eleitorais. "Condenaram um inocente. Se ele tivesse 1% dos votos, não estaria preso", disse o professor Luís Freitas, 65. O líder petista tem 31% das intenções de voto, segundo a última pesquisa do Datafolha, divulgada no domingo (15).

No ato, organizado pela Frente Povo Sem Medo (ligada ao presidenciável do PSOL, Guilherme Boulos) e pela Frente Brasil Popular, os manifestantes diziam que os grandes veículos de comunicação, entre eles a Folha, colaboraram, junto com a Justiça, para criar uma farsa que culminou na prisão de Lula.

Pediam a democratização da mídia e a revisão das concessões de TV, entre gritos de "A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura e ainda apoia", "Mídia golpista" e "O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo".

Lembraram ainda da proximidade com a data em que se completam dois anos desde o impeachment da ex-presidente Dilma, chamado por eles de golpe.

A tradutora Veridiana Carvalho gravava o protesto ao vivo no Facebook, narrando os acontecimentos em inglês. "Tenho muitos amigos de fora do país." Ao mostrar a polícia militar próxima aos manifestantes, disparou: "estou filmando porque eles dão 1h para depois 'unleash hell'", ou tocar o terror, numa tradução livre.

Chegando à portaria dois da emissora, na avenida Chucri Zaidan, um manifestante quis empurrar o portão de acesso para ocupar o prédio.

Ele disse seguir o exemplo do que fez o MTST nesta segunda (16) no tríplex atribuído a Lula em Guarujá (SP). Os outros líderes do ato, no entanto, o desestimularam. "Vai chegar a hora de a gente ocupar", disseram.

De dentro do prédio, cerca de 11 seguranças cercavam o acesso, enquanto funcionários olhavam curiosos a movimentação. Do lado oposto, ao menos oito carros da PM faziam o cerco e liberavam a avenida. O ato terminou sem incidentes às 19h30.

Fonte- Folha de São Paulo

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