Treinador chega para para substituir Roger Machado e comandará o Alviverde pela 3ª vez na carreira

Luiz Felipe Scolari é o novo técnico do Palmeiras. O treinador de 69 anos chega para ocupar o lugar de Roger Machado, que foi demitido na noite de quarta-feira após a derrota para o Fluminense, no Maracanã. Ele assinou contrato até o fim de 2020, segundo comunicado divulgado pelo clube na noite desta quinta-feira, 26.

O técnico estava sem trabalhar desde a saída do Guangzhou Evergrande, da China, no fim do ano passado, e agrada a cúpula palmeirense pelo perfil experiente, pelo currículo vencedor na equipe e pelo conhecimento sobre os bastidores do time.

Essa será a terceria vez que Scolari vai comandar o Palmeiras. Na primeira passagem pelo Palestra Itália entre 1997 e 200, Felipão conquistou a Libertadores, duas Copa do Brasil, um Rio-São Paulo e uma Mercosul. Entre 2010 e 2012, ele conduziu o clube na conquista da Copa do Brasil em 2012, mas acabou deixando a equipe em setembro após má campanha no Brasileiro que culminou com o segundo rebaixamento da história alviverde.

A negociação entre clube e treinador foi rápida. Mesmo em Lisboa onde está para resolver assuntos pessoais, Felipão demonstrou abertura para conversar com o clube e aceitou as condições estabelecidas para voltar. O retorno, inclusive, era um antigo objetivo do treinador.

A chegada de Felipão representa uma mudança de perfil no comando do clube. Roger Machado, que foi anunciado ainda no final do ano passado, participou de todo o planejamento para a atual temporada e ganhou a confiança dos dirigentes por ser jovem e promissor. No comando do Verdão em 44 partidas, Roger teve 68% de aproveitamento. Porém, ele não resistiu ao futebol instável apresentado pela equipe.

O treinador terá como missão organizar um elenco caro e badalado. O Palmeiras vive a pressão de ter passado a última temporada sem conquistas e passa pelo temor de repetir em 2018 o mesmo fracasso. O clube faz campanha irregular no Campeonato Brasileiro, foi vice do Campeonato Paulista e ainda continua na disputa de outras competições: Copa do Brasil e Libertadores, ambas vencidas pelo técnico em passagens anteriores.

O retorno ao Palmeiras é uma cartada da diretoria para garantir uma taça antes da eleição presidencial do clube, marcada para novembro deste ano. A gestão do presidente Mauricio Galiotte, empossada no fim de 2016, ainda não conquistou títulos, apesar da alta expectativa pelo sucesso e de contratações de peso. Por isso, a cúpula aposta na vinda de uma conquista para conseguir se fortalecer na disputa pela continuidade no cargo.

Felipão é o segundo nome que mais vezes dirigiu o Palmeiras, com 409 jogos, atrás de Oswaldo Brandão, com 585. Ele é ainda o treinador que mais esteve à frente do Palmeiras em partidas de Libertadores (28) e Campeonato Brasileiro (166).

O trabalho no Palmeiras será o segundo de Felipão no futebol brasileiro depois da Copa do Mundo de 2014, competição que deixou o treinador em baixa pela derrota por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal. Logo depois do torneio ele teve uma passagem pelo Grêmio, concluída em 2015, com a oportunidade de trabalhar na China.

Em solo asiático o técnico conquistou sete títulos, o principal deles a Liga dos Campeões da Ásia, em 2015. A taça lhe deu a oportunidade de disputar o Mundial de Clubes daquele ano.

Fonte- Band