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Barroso defende reforma da Previdência durante fórum sobre o Brasil em Londres
Economia
Publicado em 18/05/2019

Barroso defende reforma da Previdência durante fórum sobre o Brasil em Londres

Ministro do STF fez a conferência de abertura do evento Brazil Forum UK, na London School of Economics. Para ele, reforma é meio de enfrentar desigualdade e concentração de renda.

 

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendeu neste sábado (18) em Londres a reforma da Previdência como um meio para se combater a desigualdade e a concentração de renda no Brasil.

 

Barroso fez a conferência de abertura do Brazil Forum UK na condição de presidente de honra da quarta edição do evento, realizado anualmente na London School of Economics e na Universidade de Oxford.

 

O ministro afirmou que o país necessita voltar a crescer para gerar riqueza e distribuí-la de forma justa. Ele defendeu "programas sociais sérios" e se referiu ao atual modelo da Previdência como um fator de concentração de renda.

 

"A previdência é uma transferência de pobres para ricos. Pobre não se aposenta com 50 anos. Ele nem consegue comprovar o tempo de contribuição. Pobre se aposenta por idade. O sistema é extremamente injusto e perverso. Nós precisamos de programas sociais sérios", declarou.

Barroso disse não ter ligações políticas – "não posso, não quero e não devo" – mas criticou os que combatem a reforma da Previdência sob o argumento de não ajudar o atual governo. Segundo ele, "é preciso uma gota de patriotismo" em favor da reforma.

 

"A gente tem que fazer pelo país, pelas pessoas. Tem gente sofrendo, tem gente desempregada, tem gente que não recebe os benefícios que deveria receber", afirmou.

 

Controle do gasto público

O minsitro também falou em "responsabilidade fiscal, econômica e social". Segundo ele, o gasto público descontrolado e superior ao que se arrecada provoca recessão, inflação, juros elevados e desemprego.

 

"Não há responsabilidade fiscal de direita ou de esquerda. Se gastarmos mais do que arrecadamos isso tem consequências negativas e perversas para os mais pobres. O capitalismo significa risco e competição. No Brasil, as pessoas se acostumaram com o financiamento público e reserva de mercado. Isso não é capitalismo, isso é socialismo para ricos", declarou.

Corrupção

Segundo o ministro, parcelas do empresariado, dos políticos e da burocracia estatal produziu uma corrupção "estrutural, sistêmica e institucionalizada". De acordo com Barroso, um arco de alianças "amplo e poderoso" se formou "para nos manter atrasados e reféns". Mas, para ele, a sociedade brasileira "deixou de aceitar o inaceitável".

 

"O que se vê, hoje, em qualquer parte do Brasil é essa energia nova, é uma imensa demanda por integridade, por idealismo e por patriotismo, e é essa energia que muda a história. É essa energia que empurra a história e altera os paradigmas", declarou.

 

 

Por G1 — Brasília

 

18/05/2019 14h52  Atualizado há 2 horas

 

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