Dólar opera em alta e bate R$ 3,96
Na sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 1,15%, a R$ 3,8914. Na semana passada, acumulou alta de 3,17%.
O dólar opera em alta nesta segunda-feira (5), em meio à forte aversão a risco nos mercados externos depois que o iuan rompeu a marca de 7 por dólar diante do recrudescimento de tensões comerciais entre China e Estados Unidos.
Às 15h, a moeda norte-americana subia 1,69%, vendida a R$ 3,9571. Veja mais cotações. Na máxima do dia, o dólar chegou a R$ 3,9616.
Na sexta-feira, a moeda norte-americana subiu 1,15%, a R$ 3,8914 - maior patamar de fechamento do dólar desde 17 de junho (R$ 3,8981). Na semana passada, acumulou alta de 3,17%.
Variação do dólar em 2019
Variação do dólar em 2019
Diferença entre o dólar turismo e o comercial, considerando valor de fechamento
Em R$Dólar comercialDólar turismo (sem IOF)28/128/115/122/130/16/213/220/227/28/315/322/329/35/412/422/429/47/514/521/528/54/611/618/626/63/711/718/725/71/8
Diferença entre o dólar turismo e o comercial, considerando valor de fechamento
Em R$
Dólar comercial
Dólar turismo (sem IOF)
Fonte: ValorProA China deixou o iuan romper o nível de 7 por dólar nesta segunda-feira pela primeira vez em mais de uma década, num sinal de que o país está disposto a tolerar mais fraqueza no câmbio.
"O mercado está todo pautado pelo exterior. Essa atuação do banco central da China ao permitir a desvalorização do iuan é um sinal de resistência no conflito com os EUA", disse à Reuters Camila Abdelmalack, economista-chefe da CM Capital Markets.
Na ausência de qualquer outra novidade, o clima de aversão a ativos de risco e a fuga para ativos de maior segurança tendem a se estender ao longo de todo o pregão, completou Camila.
A desvalorização da moeda chinesa vem dias depois de o presidente dos EUA, Donald Trump, surpreender os mercados financeiros ao prometer impor tarifas de 10% sobre 300 bilhões de dólares restantes das importações chinesas a partir de 1º de setembro.
O índice MSCI de moedas emergentes renovou as mínimas de 2019 e sofria a maior queda diária desde junho de 2016.
Já o índice do dólar – fortemente influenciado pelo movimento de divisas de outros mercados desenvolvidos, como euro e iene – mostrava queda de 0,39%, a 97,694.
Do front doméstico, o Banco Central vendeu nesta sexta-feira todos os 11 mil contratos de swap cambial ofertados em leilão para rolagem do vencimento outubro. Em três operações até agora neste mês, o BC promoveu a rolagem de US$ 1,650 bilhão, de um total de US$ 11,5 bilhões.
Investidores também se preparam para a retomada dos trabalhos no Congresso após o período de recesso parlamentar. A expectativa é que as pautas econômicas, especialmente a votação em segundo turno da reforma da Previdência, ocorram ao longo desta semana.