Produção industrial no Brasil cai 0,9% em janeiro, diz IBGE
A produção industrial brasileira caiu 0,9% em janeiro na comparação com igual mês do ano anterior, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta terça-feira. Na comparação com dezembro, houve alta de 0,9%, interrompendo dois meses de taxas negativas, como ressaltou o instituto.
Os resultados viram acima das expectativas de economistas ouvidos pela Reuters. Eles projetavam alta de 0,6% na variação mensal e de queda de 1,0% na base anual. Na comparação com dezembro, o IBGE apontou que houve alta em em três das quatro grandes categorias econômicas e 17 dos 26 ramos pesquisados. Entre as atividades, as influências positivas mais importantes foram de máquinas e equipamentos (11,5%), veículos automotores, reboques e carrocerias (4,0%), metalurgia (6,1%), produtos alimentícios (1,6%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (2,3%).
Ante janeiro do ano passado, porém, foram registrados resultados negativos na metade dos ramos de atividade industrial. O principal tombo continua sendo na indústria extrativa, que caiu 15% na comparação com janeiro de 2019. O segmento é impactado pela redução da produção desde o rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG). A tragédia ocorreu em 25 de janeiro de 2019, no fim do mês, portanto.
Outras contribuições negativas em destaque foram: impressão e reprodução de gravações (-32,1%), de metalurgia (-2,8%), de outros produtos químicos (-2,5%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (-10,0%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-5,3%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (-0,8%), de produtos de metal (-2,2%) e de outros equipamentos de transporte (-5,2%).
A notícia positiva na comparação com janeiro do ano passado é a alta de 3,9% no segmento de bens de capital, que indica investimentos em produção. Houve alta também no setor de bens de consumo duráveis (1,7%), enquanto caíram os grupos bens intermediários (-1,6%) e bens de consumo semi e não-duráveis (-0,5%).
por Folhapress