A maré pareceu mudar a partir da altura seguinte, 5,87m. O campeão olímpico contou com um pouquinho de sorte ao bater levemente no sarrafo, mas passá-lo de primeira. Na queda, Thiago comemorou muito. E não era para menos, foi a sua melhor marca na temporada - até então, seu melhor havia sido 5,82m.
Thiago Braz na final do salto com vara em Tóquio — Foto: Richard Heathcote/Getty Images
Pouco depois dele, o norte-americano Christopher Nilsen também ultrapassou 5,82m. Mas, como tinha menos erros anteriores, assumiu a liderança, com Thiago em segundo. Com o afunilamento da prova e um vento insistente no Estádio Olímpico, a disputa começou a ficar mais tensa.
Um a um, os rivais foram se despedindo. Primeiro, o grego Emmanouil Karalis. Depois, o americano Kc Lightfoot. Em seguida, o britânico Harry Coppel. Minutos mais tarde, o polonês Piotr Lisek.
Nesse meio tempo, Thiago fez sua primeira tentativa para 5,92m e errou. Logo em seguida, falhou na segunda. Mas, um instante depois, quando o francês Renaud Lavillenie, que defendia a prata olímpica do Rio e havia sido ouro em Londres 2012, errou a segunda tentativa dele para 5,92m o brasileiro assegurou mais um pódio olímpico em sua carreira.
O paulista, já com a medalha no peito, mas sem saber a cor, continuou na prova. Porém, errou a tentativa restante para 5,92m e se despediu com o bronze. Uma medalha que pareceu tão longe de seu alcance devido ao ciclo olímpico turbulento rumo a Tóquio.