"Novas mortes podem vir", diz promotora
A promotora de Justiça do Ministério Público da Bahia Joseane Suzart ajuizou na noite desta segunda-feira (29), em caráter de urgência, um pedido para que as atividades da travessia Mar Grande-Salvador sejam suspensas indefinidatamente. Suzart cita a precariedade das embarcações, que já era alvo de ação civil-pública desde 2014, depois de um abaixo-assinado feito por usuários do Terminal Marítimo de Mar Grande.
O pedido vem seis dias após o naufrágio da embarcação Cavalo Marinho I, que deixou ao menos 19 mortos. Desde a segunda-feira (29), aquelas ativdades vêm operando normalmente, apesar de protestos de alguns habitantes da região.
"Novas mortes e lesões corporais poderão advir, acarretando danos materiais e morais, quiçá, irreversíveis", diz a promotora em um trecho do texto. Além da suspensão da travessia, a ação prevê também novos estudos técnicos sobre as condições atuais de navegalidade das embarcações da CL Transportes Marítimos, além de exame pericial em todos os veículos da companhia. A pouca quantidade de coletes salva-vidas disponíveis na lancha à época do acidente é um dos pontos mais criticados, além da falta de devida orientação dos funcionários da empresa de transportes.
Uma nova ação civil deve ser requerida em alguns dias, solicitando que as famílias das vítimas e sobreviventes passem a ser indedizadas após a devida apuração e condenação dos responsáveis. Pessoas que perderam seus pertences, sofreram lesões e/ou acreditam ter sido vítimas de danos materiais ou morais serão benecifiadas.
O MP aguarda parecer sobre o pedido que segue na 8ª Vara da Fazenda Pública, em Salvador.
Fonte- R7