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Marcelo Odebrecht vai cumprir prisão domiciliar em SP
Política
Publicado em 19/12/2017

O empreiteiro Marcelo Odebrecht, preso há dois anos e meio em Curitiba (PR), deixou a carceragem da Polícia Federal (PF) por volta das 9h45 desta terça-feira, 19. O empresário foi levado em um carro da PF para a Justiça Federal, onde colocou uma tornozeleira eletrônica e iniciou o cumprimento de sua prisão domiciliar. 

O voo de Marcelo Odebrecht - com duração de uma hora - decolou por volta das 13h, do Aeroporto do Bacacheri, que não tem voos comerciais e fica num bairro residencial de Curitiba. Ele embarcou em um jatinho particular até São Paulo, de onde seguirá para sua casa em um condomínio no Morumbi, Zona Sul da capital. Pelo acordo, o empresário ficará dois anos e meio em prisão domiciliar com direito a duas saídas por ano com autorização da Justiça.

Enquanto estiver em casa, Marcelo Odebrecht poderá receber 15 pessoas previamente cadastradas e autorizadas no processo. Além deles, parentes em até 4º grau (primos e tios-avôs) poderão visitá-lo.

Pena

As últimas 24 horas de Marcelo na carceragem da PF em Curitiba foram iguais aos 30 meses de prisão. O empresário acordou um pouco antes de o sol nascer, fez exercícios físicos e tomou café da manhã preparado em uma cafeteira localizada no corredor próximo a cela em que divide com o lobista Adir Assad, também acusado de fazer parte do esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. 

Marcelo Odebrecht ficará dez anos preso. Além dos dois anos e meio de regime fechado já cumprido e os outros dois anos e meio de regime domiciliar, o empresário terá que cumprir, ainda, cinco anos de pena - dois anos e meio em regime diferenciado, com obrigação de recolhimento noturno e nos fim de semanas e feriados e dois anos e meio de aberto, com a obrigação de comunicação à Justiça.

Tornozeleira

A tornozeleira eletrônica que o empreiteiro Marcelo Odebrecht coloca nesta terça-feira, 19, vai custar ao condenado R$ 149 por mês. 

O empresário só volta a pisar na rua sem qualquer tipo de restrição em 2025, quando terminam os prazos acordados com a força-tarefa da Lava Jato. Pessoas próximas ao empresário afirmam que a mulher, Isabela, e as três filhas adolescentes não escondem que encaram a progressão do regime fechado para o domiciliar como "liberdade" nas visitas à carceragem da PF. 

Minutos depois da sair da PF, o empreiteiro chegou à sede da Justiça Federal para uma audiência com a juíza Carolina Lebbos, da 12ª Vara Federal. A magistrada vai acompanhar a execução da pena do empreiteiro.

Na chamada audiência admonitória (advertência) - realizada quando ocorre suspensão condicional da pena - o juiz relatou as condições da nova etapa do cumprimento da pena e as consequências caso ele não siga esses termos. No caso de Odebrecht, além das explicações, Marcelo também recebeu a tornozeleira durante a audiência com a juíza.

Fonte- Band

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