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Prazo cumprido e classificação: após turbulência, Flu mira dias mais calmos
Esporte
Publicado em 01/02/2018

Depois de início de ano tumultuado, que culminou com invasão e protestos na sede das Laranjeiras, Tricolor vive quarta-feira de alívio, com vitória em campo e pagamento de atrasados fora dele

A máxima “nada como um dia após o outro” é batida. Mas cai muito bem ao atual momento do Fluminense. Depois de uma noite tensa na terça-feira, com invasão de torcedores à votação do Conselho Deliberativo na sede das Laranjeiras e protestos contra o presidente Pedro Abad, o clube viveu uma quarta-feira de alívio.

O dinheiro da venda de Wendel entrou, a promessa do pagamento dos atrasados até o fim do mês foi cumprida e, de quebra, o time venceu e se classificou na Copa do Brasil. As palavras de Abel Braga na coletiva após o jogo contra a Caldense sintetizam o sentimento de alívio no clube.

- Terminou de forma tão digna, da melhor maneira possível. Foi um momento único. Começou de manhã, meio-dia estava brabo, antes do jogo amenizou e depois veio a vitória. Foi a resposta de tanta coisa ruim que a gente tem lido, ouvido e acontecido. Vamos ver se a gente consegue ter um rumo. O Fluminense precisa de um rumo. Nós, do futebol, estamos no rumo. Vamos ver se tem um pouquinho mais de carinho.

Abel espera dias mais tranquilos no Tricolor (Foto: Lucas Merçon / Fluminense)

Abel espera dias mais tranquilos no Tricolor (Foto: Lucas Merçon / Fluminense)

 

O dia 31 de janeiro pode marcar a virada de rumo que Abel citou. Tem sido um começo de ano difícil para o Tricolor. Perda de Gustavo Scarpa na Justiça, dispensas polêmicas que renderam novas ações, saída de Henrique Dourado, bloqueio de parte das receitas e conflitos políticos.

A quitação dos débitos com o elenco não resolve todos os problemas do Flu de um dia para o outro, mas ajudam a amenizar o clima do ambiente. Havia uma insatisfação dos jogadores com os atrasos desde o ano passado. Tal situação piorou quando souberam que a diretoria pagou Scarpa antes para tentar evitar uma ação judicial.

A promessa era regularizar a situação até o fim de janeiro. Paulo Autuori deu o voto de confiança à diretoria e reforçou esse prazo com os jogadores. No entanto, avisou que em caso do não cumprimento, cogitaria até deixar o clube.

Com a venda de Wendel concretizada no começo do ano, tudo caminhava dentro do planejado. Um problema antigo, que voltou à tona, acabou colocando os planos sob risco e dando contornos de tensão aos últimos dias do mês.

Por conta de impostos não recolhidos, referentes ao período 2007-2010, à pedido da Procuradoria da Fazenda Nacional, 30% de todas as receitas do clube foram penhoradas em decisão da 10º Vara de Execução Fiscal. Com isso, os 7,5 milhões de euros (cerca de R$ 29,1 milhões) não haviam sido depositados na conta do Tricolor.

O clube recorreu, mas teve o pedido negado. Nesta quarta, último dia do prazo prometido aos jogadores, o Flu concluiu a análise do caso a tempo. Entendeu não haver descumprimento judicial e risco de usar os 70% da verba. Com isso, conseguiu retirar a parte do dinheiro não bloqueada e deu início ao processo de regularização com os atletas.

Fonte- GE

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