Governador de São Paulo fala ainda de ideias para campanha, polêmica nas prévias do PSDB e denúncias de corrupção
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), já está se preparando para uma possível candidatura à presidência no pleito deste ano e até um virtual embate com Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caso ele consiga disputar as eleições.
“Estamos preparados para enfrentar Lula”, afirmou o tucano no Canal Livre desse domingo (25). O governador não quis avaliar a situação jurídica do líder petista (“não posso falar pelo Judiciário”, explicou), mas criticou a reação do partido. “O PT não pode desmoralizar as instituições do país. Não é possível desacreditar a Justiça, pois ninguém está acima da lei.”
A legenda de Alckmin também enfrenta denúncias de corrupção, como o caso envolvendo o operador da sigla Paulo Preto, que chegou a ter R$ 113 milhões em contas na Suíça. Presidente do PSDB, Alckmin apoiou a investigação e defendeu punição se algo for provado. “Quem enriquece na política é ladrão”, disse, embora tenha assumido que em um partido político “nem todos são perfeitos”. “Cabe à Justiça separar o joio do trigo”, resumiu.
O governador comentou ainda a polêmica envolvendo o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), que semana passada chamou as prévias do partido para definir o candidato à pleito de “fraude”. “O PSDB é o único partido que faz prévia quando há mais de um possível candidato. Como presidente do partido, eu passei essa função para o vice, Marconi Perillo, que estabeleceu data da prévia, dos debates e das inscrições para quem quiser participar. Então a crítica foi injusta; poderíamos fazer como os outros partidos, que anunciam o candidato na convenção, sem realizar prévias”.
Sobre suas ideias para um eventual mandado como presidente do Brasil, Geraldo Alckmin aposta em uma estratégia reformista, que envolverá uma reforma política (“nosso modelo está falido, prova disso são os 23 milhões de brasileiros que não votaram da última eleição”, disse), tributária (“temos cinco tributos no país, e isso pode ser simplificado”, ressaltou) e, por fim, a previdenciária. “Eu faria uma reforma da previdência estabelecendo um regime geral. O sistema atual é injusto, no qual o trabalhador de baixa renda sustenta as aposentadorias altas do Executivo, Judiciário e Legislativo”, pontuou.
Fonte- Band