Jogo que terminou com gol argentino nos acréscimos pode ser visto de diferentes formas
Tomar gol aos 46 minutos do segundo tempo, dois minutos depois de abrir o placar, frustrou o time e a torcida do Palmeiras em sua arena, na quarta-feira. Mas, como resultado e como desempenho, o empate por 1 a 1 com o Boca Juniors foi tão ruim assim? Sim e não. Depende do ponto de vista.
A equipe de Roger Machado foi a campo apenas três dias depois de perder o título paulista para o arquirrival, numa final que ainda não terminou para o clube – a diretoria tenta impugnar a partida por entender que a arbitragem se valeu de ajuda externa ao voltar atrás na decisão de marcar um pênalti contra o Corinthians.
Só por essa frustração, o duelo da Libertadores, no mesmo palco da decisão estadual de domingo, já tinha uma atmosfera diferente. E o que se viu nos 45 minutos iniciais foi uma atuação bem aquém do que o Palmeiras já demonstrou nesta temporada. Não foi o Palmeiras de linhas próximas, de jogadas com apoio, que sufoca o adversário.
No segundo tempo, as trocas do treinador palmeirense (Willian, Moisés e Guerra nos lugares de Borja, Lucas Lima e Bruno Henrique) melhoraram a produção ofensiva. Meias e atacantes se aproximaram e passaram a furar a marcação do Boca, o que não vinha ocorrendo. Assim surgiram boas chances dentro da área.
O gol marcado por Keno, após ótimo passe de Guerra, premiou essa evolução. E quem imaginaria que, com um gol aos 44 minutos, o Palmeiras deixaria escapar a vitória? Pois deixou. Dois minutos depois, depois de uma falha do zagueiro Antônio Carlos, Pavón cruzou para Tevez balançar a rede do até então pouco ameaçado goleiro Jailson.
Como copo meio vazio:
Com o empate, o Palmeiras vai a sete pontos e perde a chance de abrir quatro para o Boca na liderança do Grupo 8.
Lucas Lima teve mais uma atuação abaixo da média. O meia se apresentou pouco para o jogo e foi substituído na etapa final.
Apesar da boa temporada, Antônio Carlos falhou pelo segundo jogo seguido. Ele já havia participado de um erro coletivo no gol da vitória do Corinthians, no domingo.
Borja é o artilheiro do Palmeiras em 2018, com nove gols marcados, mas pela segunda partida seguida não foi bem.
O Palmeiras segue com dificuldade de segurar as vantagens que cria. No mata-mata estadual, o time saiu na frente de Santos e Corinthians, mas viu a decisão parar nos pênaltis.
Como copo meio cheio:
O empate mantém o Palmeiras líder de um grupo que, desde o sorteio, era tratado como um dos mais difíceis do torneio.
Guerra entrou bem na partida e, assim como Moisés, pode ser opção para a fase ruim de Lucas Lima.
Keno, que retomou vaga no time, fez valer a pena a oportunidade dada por Roger Machado. Mais uma vez, a velocidade e a habilidade do atacante fizeram diferença.
Willian, mais leve e mais técnico do que Borja, voltou a se credenciar como alternativa para o camisa 9. Não tem as mesmas características, mas foi peça importante para infiltrar a defesa rival.
Fonte- GE