O diretor de futebol do Conquista, Paulo Roberto, disse que o presidente do clube, Eduardo Mesquita, tem trabalhado para regularizar a situação dos salários atrasados. Na última terça-feira (22), o Sindicato dos Atletas Profissionais da Bahia (Sindap-BA) anunciou que vai entrar com uma denúncia no Ministério Público da Bahia (MP-BA) contra o clube conquistense, o Teixeira de Freitas e o Galícia por calote (leia mais aqui). De acordo com o dirigente, a Prefeitura de Vitória da Conquista não pagou o restante do convênio firmado.
"A situação vai ser regularizada. O presidente já conversou com os jogadores e vem conversando comigo sempre para tentar resolver essa situação. Ele tem ido sempre à Prefeitura para tentar a liberação da última parcela do convênio. O prefeito alega que o time não está mais na competição e por conta disso não quer liberar o pagamento. Só que o clube fez despesas em cima do que tinha a receber. Não sei dizer ao certo se eram três ou quatro parcelas, mas sei que o clube só recebeu duas. Nós disputamos três meses de campeonato contando com a pré-temporada. Então, como é que o clube vai pagar três meses se só recebeu duas parcelas?", afirmou em entrevista ao Bahia Notícias.
O Conquista chegou na última rodada da primeira fase da Série B do Campeonato Baiano sem chances de classificação para a final. Devido a esta situação, o clube pediu, junto com o adversário Teixeira de Freitas, à Federação Bahiana de Futebol (FBF) para cancelar a partida e assim evitar novos custos. O pedido foi atendido e o duelo não aconteceu.
Apesar de reconhecer a dívida, Paulo Roberto minimizou a quantia. Segundo ele, o valor não é digno da repercussão do caso. "Não é nenhum bicho de sete-cabeças que não possa ser pago. Tem jogador que já recebeu 80% do último mês, pegando adiantamento... E os caras ficam fazendo um cavalo de batalha em cima desse negócio", disse. "Quando viajamos para fazer o jogo contra o Galícia, por exemplo, teve quatro ou cinco jogadores que foram com mil reais na mão. O cara ganha R$ 1.200, viajou com mil no bolso e está reclamando de 200 reais do salário. Eu tenho conversado com os jogadores, ouvido as queixas dele, mas tem muitas coisas reivindicadas que eles não tem direito. Entendeu?", rebateu.
Sobre a denúncia do Sindap-BA junto ao MP-BA, Paulo Roberto disse que a entidade deveria entrar em contato com o clube antes de tomar qualquer providência. Segundo ele, a situação do Conquista é diferente das outras duas agremiações que estão devendo aos jogadores. "Eles é quem deveriam procurar o clube ao invés de gente ir procurá-los. A situação do Teixeira de Freitas é uma, a situação do Galícia é outra. Das três, a nossa situação é a mais fácil de se resolver. Não é a mesma situação. Estão colocando a gente na vala comum", finalizou.
Fonte- BN