Petista ainda reafirmou candidatura de Lula na Presidência: 'porque iríamos abrir mão do Pelé das intenções de voto?'
Pré-candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, Luiz Marinho acredita que os recentes escândalos políticos envolvendo a sigla não irão atrapalhar seu desempenho na corrida eleitoral deste ano. Em entrevista ao programa Band Eleições desta segunda-feira, 28, Marinho afirmou que a imagem do partido está sendo recuperada.
“As eleições de 2016 foram difíceis (...) [existia] um antipetismo forte, era impossível falar, não queriam ouvir o PT, mas hoje querem”, disse. Naquele ano, afirmou o pré-candidato, o PT tinha somente 7% de preferência partidária em São Paulo. “Hoje já são 14% no Estado e 20% no Brasil.”
O petista fez críticas a gestões estaduais anteriores. “São 24 anos de governo PSDB. Se você perguntar para qualquer cidadão sobre qualquer gargalo na segurança, na saúde, na educação, no transporte: 'o PSDB planejou e resolveu?' A resposta é um sonoro ‘não’”, analisou.
Lula
Marinho também falou sobre a pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva que, mesmo preso, ainda é a principal aposta do PT para a corrida presidencial. “Temos segurança de que instâncias superiores [da Justiça] irão reverter a prisão.”
O pré-candidato ao governo de São Paulo definiu uma possível candidatura de Lula como “intocável.” “Temos o Pelé das intenções de voto. Porque vamos abrir mão disso?”, questionou.
Greve dos caminhoneiros
Ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Luiz Marinho comentou ainda a atual greve dos caminhoneiros pelo país. Para Marinho, a responsabilidade dessa crise é da política de preços da Petrobras, tocada por seu atual presidente, Pedro Parente, “que tem dirigido a Petrobras olhando para os acionistas minoritários, e não para a população”, disse.
O petista também falou que os altos valores de tributos, como o ICMS - aplicado pelos Estados sob o combustível, são consequências dessa “política equivocada da Petrobras”.
Questionado se faria como a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) - que controlou a política de preços da estatual em sua gestão - para resolver a crise, Marinho disse que é possível encontrar um “meio termo” entre o que fez Dilma e a atual política da petrolífera. “Mas não dá para dizer que a política do Parente está sendo efetiva. Olha o desastre que está acontecendo”, comentou.
“Eu torço para regularizar [a situação] o mais rápido possível, até porque a sociedade está sofrendo e sendo penalizada, mas eu também entendo a lógica dos caminhoneiros diante de um governo que não tem legitimidade e credibilidade, e que demorou em negociar.”
Fonte- Band