Senegal perdeu a vaga para o Japão por causa do número de cartões amarelo.
A Colômbia suou muito, mas garantiu vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo nesta quinta-feira. Em Samara, a seleção contou mais uma vez com a estrela do "zagueiro-artilheiro" Mina para superar Senegal pelo placar mínimo, 1 a 0, e celebrar a ida à próxima fase do torneio pela segunda vez seguida. Pior para os senegaleses, que perderam a vaga graças aos critérios disciplinares.
O time africano controlou o adversário durante boa parte do confronto, mas, pelo alto, Mina marcou seu segundo gol no Mundial já na parte final do segundo tempo e levou a Colômbia a seis pontos, garantindo não só a classificação como a liderança do Grupo H.
Já Senegal vai embora para casa depois de surpreender o mundo com um ótimo futebol. Estacionou nos quatro pontos com a derrota com quatro gols marcados e quatro sofridos, campanha idêntica à do Japão, com quem também igualou no confronto direto. Os asiáticos, porém, levaram dois cartões amarelos a menos - 6 a 4 - e ficaram com a vaga graças ao critério disciplinar.
Em 2014, no Brasil, os colombianos fizeram sua melhor campanha na história da Copa ao cair nas quartas de final para os donos da casa. Agora, sonham em ir ainda mais longe. Para isso, precisarão passar pelo segundo colocado do Grupo G, Inglaterra ou Bélgica, que se enfrentam ainda nesta sexta. Quem passar na ponta, encara o Japão.
Para o duelo desta quinta, Pékerman apostou no retorno de Carlos Sánchez, expulso no início da estreia contra o Japão e que recebeu ameaças de morte após a partida. O volante tinha a função de dar segurança a um meio de campo ofensivo com James Rodríguez, Quintero e Cuadrado, principal arma colombiana.
Mas desde o início ficou claro que Senegal tinha como plano não deixar este trio atuar. A Colômbia até começou tomando conta da posse, com paciência, mas viu os meias sofrerem com a forte marcação. Por isso, a primeira chance só saiu na bola parada. Aos 12, Quintero tentou no canto do goleiro e exigiu boa defesa de N'Diaye.
Como o empate lhe favorecia, Senegal esperava o adversário e sonhava com um contra-ataque, quase sempre com Mané pela esquerda. Aos 16 minutos, ele tabelou pelo setor e invadiu a área. Quando ia bater, foi travado por Davinson Sánchez no carrinho. Inicialmente, Milorad Mazic marcou pênalti, mas voltou atrás após ser alertado pelo VAR e rever o lance.
Se o cenário não era dos melhores para a Colômbia, ficou ainda mais preocupante aos 30 minutos, quando James Rodríguez precisou ser substituído, aparentemente sentindo um problema muscular. O atacante Muriel entrou em sua vaga, mas a bola não chegava ao setor, graças à ótima marcação senegalesa.
Na etapa final, isto ficou ainda mais claro. Senegal dava a posse toda à Colômbia e se fechava, esperando matar o jogo em um contragolpe. Do outro lado, a seleção sul-americana sofria demais para encontrar espaços. Novamente, só levou perigo na bola parada. Aos 19 minutos, Muriel aproveitou sobra na área após falta cobrada e bateu, com desvio, rente à trave.
O anúncio do gol da Polônia no outro jogo, que favorecia a Colômbia, só trouxe mais marasmo para a partida. Até que em uma jogada de bola parada, os colombianos voltaram a aproveitar a altura de Mina para marcar. Aos 28, Quintero cobrou escanteio da direita e o zagueiro subiu para testar para a rede.
Imediatamente, Senegal foi para cima e criou bom momento com Niang, que parou em defesa de Ospina. Na cobrança de escanteio, Mina tocou contra o próprio gol e exigiu nova intervenção do goleiro. Dois minutos depois, Mané encontrou Sarr sozinho na área, mas o atacante isolou. Na base da insistência, os senegaleses tentaram, martelaram, mas não furaram a defesa colombiana. Festa para os sul-americanos e tristeza para os africanos ao apito final.
Fonte- Band