Patriota, Podemos, Partido Novo, PT, PSDB e Rede confirmaram seus postulantes à Presidência da República
O fim do prazo das convenções partidárias, nesse domingo, 5, praticamente definiu o cenário em que se darão as eleições deste ano. Embora sem a proliferação de "outsiders", como inicialmente previam os analistas políticos, a disputa caminha para ser uma das mais fragmentadas, reunindo o maior número de candidatos desde 1989, que teve 22 nomes.
No total, 13 candidatos foram oficializados por seus partidos, que têm até o dia 15 deste mês para registrarem as chapas.
O número é superior ao da eleição anterior, de 2014, quando 11 nomes disputaram a Presidência da República, e ao de 1998, quando houve 12 candidatos.
Veja os candidatos confirmados até agora:
Álvaro Dias (Podemos)
O senador Álvaro Dias foi escolhido pelos convencionais do Podemos para ser candidato à Presidência da República. A candidatura do parlamentar pelo Paraná foi oficializada em Curitiba, durante convenção nacional do partido. Na primeira fala como candidato, Álvaro Dias anunciou que, se eleito, vai convidar o juiz federal Sérgio Moro para ser ministro da Justiça, e repetiu a promessa de “refundar a República”.
Ele vai compor chapa com o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, cujo partido, o PSC, havia decidido lançar candidatura própria à Presidência, mas desistiu em favor de uma aliança com o Podemos. Além do PSC, fazem parte da coligação até agora os partidos PTC e PRP.
Cabo Daciolo (Patriota)
A convenção nacional do Patriota oficializou a candidatura do deputado federal Benevenuto Daciolo Fonseca dos Santos, o Cabo Daciolo. O evento ocorreu no município de Barrinha, no interior de São Paulo. O candidato foi escolhido por unanimidade. A candidata a vice escolhida foi Suelene Balduino Nascimento, do mesmo partido. Ela é pedagoga com 23 anos de experiência e atua na rede pública de ensino do Distrito Federal.
Daciolo defende mais investimentos em educação e segurança por considerar áreas essenciais para o crescimento do país. Em discurso durante a convenção, Daciolo se posicionou contrário à legalização do aborto e à ideologia de gênero.
Ciro Gomes (PDT)
O PDT confirmou no dia 20 de julho a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República, na convenção nacional que reuniu filiados do partido. Alegenda definiu a senadora Kátia Abreu (PDT-TO) para ocupar o cargo de vice.
Esta é a terceira vez que Ciro Gomes será candidato à Presidência da República: em 1998 e 2002, ele concorreu pelo PPS. Natural de Pindamonhangaba (SP), construiu sua carreira política no Ceará, onde foi prefeito de Fortaleza, eleito em 1988, e governador do estado, eleito em 1990. Renunciou ao cargo de governador, em 1994, para assumir o Ministério da Fazenda, no governo Itamar Franco (1992-1994), por indicação do PSDB, seu partido na época. Ciro Gomes foi ministro da Integração Nacional de 2003 a 2006, no governo do ex-presidente Lula. Tem 60 anos e quatro filhos.
Geraldo Alckmin (PSDB)
Em convenção nacional realizada na capital federal, o PSDB confirmou a candidatura do presidente do partido e ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, à Presidência da República nas eleições de outubro. Dos 290 votantes, 288 aprovaram a candidatura de Alckmin. Houve um voto contra e uma abstenção. A senadora Ana Amélia (PP-RS) é a vice na chapa.
No primeiro discurso como candidato, Alckmin disse que quer ser presidente para unir o país e recuperar a "dignidade roubada" dos brasileiros. Ele defendeu a reforma política, a diminuição do tamanho do Estado e a simplificação tributária para destravar a economia.
Guilherme Boulos (PSOL)
O coordenador nacional do Movimento dos Trabalhadores SemTeto (MTST), Guilherme Boulos, foi lançado no dia 21 de julho como candidato à Presidência da República pelo PSOL, na convenção nacional em São Paulo. Também foi homologado o nome de Sônia Guajajara, representante do povo indígena, para vice-presidente.
Boulos destacou que irá defender temas que pertencem aos princípios do partido, como o direito ao aborto e à desmilitarização da polícia.
Henrique Meirelles (MDB)
O MDB confirmou no dia 2 de agosto o nome do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles como candidato à Presidência da República. Hoje, o partido informou que Germano Rigotto, ex-governador do Rio Grande do Sul, será o vice na chapa.
Henrique Meirelles destacou como prioridades investimentos em infraestrutura, para diminuir as distâncias no país, além de saúde e segurança pública. O presidenciável também prometeu reforçar o Bolsa Família. Para gerar empregos, Meirelles disse que pretende resgatar a política econômica, atrair investimentos e fazer as reformas para que o país cresça 4% ao ano.
Jair Bolsonaro (PSL)
O deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), 63 anos, foi confirmado no dia 22 de julho como o candidato à Presidência da República nas eleições deste ano pelo PSL. A chapa ainda não tem vice.
Na convenção, Bolsonaro adiantou que, se eleito, quer excluir o ministério das Cidades e fundir pastas como Fazenda e Planejamento, assim como Agricultura e Meio Ambiente.
O candidato prometeu ainda privatizar estatais.
João Amoêdo (Partido Novo)
João Dionisio Amoêdo foi oficializado candidato à Presidência da República pelo Partido Novo durante convenção na capital paulista. O cientista político Christian Lohbauer foi escolhido como candidato à vice-presidente. Entre as principais propostas de Amoêdo estão equilibrar as contas públicas, acabar com privilégios de determinadas categorias profissionais, melhorar a educação básica e atuar fortemente na segurança. O presidenciável também é favorável à revisão do Estatuto do Desarmamento.
João Amoêdo disse que quer levar renovação à política e mudar o Brasil. O presidenciável defendeu a privatização de empresas estatais.
João Goulart Filho (PPL)
Candidato é filho do ex-presidente João Goulart, o Jango, que teve o mandato interrompido pela ditadura militar. O ex-deputado estadual pelo Rio Grande do Sul concorrerá à Presidência da República pela primeira vez. O vice-presidente é Léo Alves, também do PPL. A sigla ainda não tem nenhum coligação.
José Maria Eymael (DC)
O partido Democracia Cristã (DC) confirmou no dia 28 de julho, durante convenção na capital paulista, a candidatura de José Maria Eymael à Presidência da República, nas eleições de outubro, e do pastor da Assembleia de Deus Helvio Costa como vice-presidente.
Na área econômica, as diretrizes gerais de governo do DC incluem política macroeconômica orientada para diminuição do custo do crédito ao setor produtivo, apoio e incentivo ao turismo e a valorização do agronegócio com ações de governo específicas, que ainda não foram divulgadas, e apoio aos pequenos e médios produtores rurais.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
A convenção nacional do PT escolheu, por aclamação, o nome de Luiz Inácio Lula da Silva para ser o candidato à Presidência da República. A Executiva Nacional também definiu o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad para a vaga de vice na chapa. Entretanto, a legenda apontou a até então candidata do PCdoB à Presidência, Manuela D'Ávila, como futura vice a partir do momento em que a situação jurídica de Lula se resolver, com ou sem a impugnação da sua candidatura. O encontro também homologou o apoio do PCO e do PROS à candidatura do PT.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preso em Curitiba, desde 7 de abril, após ter sido condenado em segunda instância no caso do triplex de Guarujá. O ator Sérgio Mamberti leu uma carta escrita por Lula, onde ele afirmou que "querem fazer uma eleição presidencial de cartas marcadas, excluindo o nome que está à frente na preferência popular em todas as pesquisas".
Marina Silva (Rede)
A primeira convenção nacional da Rede Sustentabilidade confirmou, por aclamação, o nome Marina Silva como candidata da sigla à Presidência da República. O candidato à vice na chapa, o médico sanitarista, Eduardo Jorge, do Partido Verde (PV), também foi apresentado oficialmente no encontro.
A presidenciável prometeu uma campanha limpa, sem notícias falsas e sem destruir biografias. Se comprometeu com as reformas da Previdência, tributária e política, que acabe com a reeleição e incentive candidaturas independentes. Se eleita, Marina também disse que pretende fazer uma revisão dos “pontos draconianos” da reforma trabalhista que, segundo ela, seriam feitas a partir de um diálogo com o Congresso.
Vera Lúcia (PSTU)
Em convenção nacional, o PSTU oficializou no dia 20 de julho a candidatura de Vera Lúcia à Presidência da República e de Hertz Dias como vice na chapa. A escolha foi feita por aclamação pelos filiados ao partido presentes na quadra do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, na zona leste da capital paulista.
De acordo com Vera Lúcia, o plano de governo prevê reforma agrária, redução da jornada de trabalho sem redução de salário e um plano de obras públicas para atender as necessidades da classe trabalhadora.
O PSTU decidiu que não fará nenhuma coligação para a disputa presidencial, nem alianças nas eleições estaduais.
Fonte- Band