De volta ao Rio de Janeiro, onde inicia ciclo no terceiro grande diferente na carreira, treinador assina contrato até abril de 2019 com o Alvinegro
Botafogo recomeça mais uma vez em 2018. Nesta segunda-feira, dois dias após o anúncio oficial, Zé Ricardo foi enfim apresentado como novo treinador da equipe. Ao lado do presidente Nelson Mufarrej e do vice de futebol Gustavo Noronha, o técnico agradeceu pela oportunidade e elogiou a história do clube alvinegro.
- Um prazer chegar ao Botafogo. Agradecer o convite da diretoria. Importante trabalhar em um clube mundialmente conhecido e estou com muita vontade de fazer um grande trabalho - declarou o treinador.
O "namoro" com Zé Ricardo é antigo. Antes de acertar com Marcos Paquetá, ainda na parada para a Copa do Mundo, o Botafogo negociou e ficou bem próximo de um acerto com Zé, o que acabou não acontecendo.
- Houve um primeiro contato, mas eu tinha acabado de sair do Vasco e precisava de um tempo. Foram dois anos intensos e tinha firmado um compromisso para fazer comentários na Copa. Passados esses dois meses, recebi um novo convite e entendi que era um momento ideal para voltar. Sempre me chamou a atenção a intensidade com que essa equipe jogou contra nós - lembrou Zé Ricardo.
O técnico, que deixou o Vasco há dois meses, dirigirá seu terceiro clube profissional na carreira, mais um grande no Rio de Janeiro. Ele começou no Flamengo, em 2016. Zé dirigiu o Vasco em 50 jogos, com 22 vitórias, 13 empates e 15 derrotas - 70 gols e 65 sofridos. No Flamengo, onde a passagem foi mais duradoura, somou 90 jogos, 49 vitórias, 25 empates e 16 derrotas - 148 gols e 86 sofridos.
- É um projeto pessoal que não significa estar no Rio de Janeiro. Se há dois anos alguém batesse no meu ombro me dizendo que eu trabalharia em três grandes do Rio eu não acreditaria. Sem dúvida o foco é total no trabalho e espero que agora do lado do Botafogo possamos fazer uma união legal e que faça o clube mais forte - opinou Zé.
Zé chega ao clube com seu auxiliar Cléber dos Santos. Cléber, inclusive, esteve sábado no Nilton Santos acompanhando o empate por 0 a 0 diante do Santos. O técnico se disse ciente da situação financeira difícil que vive o clube.
- Quando existe uma mudança e se não for uma saída por motivo maior, não sou de acordo com essa instabilidade na vida de técnico. Realmente, desde sábado estou pensando 100% no Botafogo. A relação de amizade com o Anderson (Barros) é um ponto que sempre respeitei, mas não foi fundamental. Lógico que são poucas equipes que não atravessam uma situação financeira complicada. Dificulta, mas me foi passado que estão tentando acertar - explicou.
Zé Ricardo assinou contrato até abril de 2019. Ou seja, até depois do Campeonato Carioca. O tempo de contrato, entretanto, não é preponderante para o treinador.
- O clube me deixou bem a vontade. Acho que é um período bom para desenvolver o trabalho e quem sabe aumentar. O tempo de contrato é o que menos importa. Quando a gente estabelece uma relação de confiança o contrato fica em segundo plano - destacou.
Confira outros assuntos da coletiva de Zé Ricardo:
Carinho da torcida e atletas
Chegar em um clube sendo bem recepcionado pela torcida e atletas é importante. O Jean é um rapaz trabalhador e a expectativa é que ele esteja mais maduro. Estou ansioso para encontrar os jogadores.
Copa Sul-Americana
Vamos encarar cada partida com uma entrega grande para que a gente tenha um rendimento bom. Uma oportunidade real e financeira para o clube. Vamos contar muito com essas características da equipe que vimos ano passado com o (Jair Ventura). Acredito na competitividade desse grupo e na torcida. Sempre me chamou a atenção a intensidade com que essa equipe jogou contra nós
Empate com o Santos
Eu percebi uma reação muito legal da equipe contra o Santos. Esteve organizada e, por pouco, não venceu. Acho que a necessidade real é conquistar vitórias para ganhar confiança.
Fonte- GE