Rogério Ceni, José Luis Chilavert, Dimitar Ivankov, René Higuita, Jorge Campos, Johnny Vegas Fernández, Márcio. O que eles têm em comum? Todos entraram para a história do futebol mundial como goleiros artilheiros.
O paranaense Rogério Ceni, que fez história no São Paulo e hoje se destaca como técnico do Fortaleza, líder da Série B, é o maior goleiro artilheiro de todos os tempos, com 132 gols marcados. O segundo, o paraguaio Chilavert marcou 62, seguido pelo colombiano Higuita, que balançou as redes 41 vezes.
Mas, na Bahia, há um arqueiro com números impressionantes, que superam feitos de alguns dos nomes conhecidos no mundo da bola e, certamente, merecia estar entre eles. Trata-se de Edimar Pereira da Silva.
Aos 32 anos, Edimar já marcou 49 gols, segundo sua própria conta. Hoje, ele é um dos personagens de destaque do Intermunicipal 2018.
Goleiro e capitão da Seleção de Campo Formoso, o jogador conta com orgulho sobre o feito. "São 49 gols marcados, sendo 45 de faltas e cinco de pênaltis. Tem, ainda, os gols que fiz nas competições de futebol society, que são seis de faltas e três de pênaltis, mas não calculo. Pelo Intermunicipal são 11 gols marcados. Quatro por Campo Formoso, três por Piritiba, dois por Mairi, um por Santaluz e um por Senhor do Bonfim. Inclusive, em 2007, atuando por Campo Formoso, marquei dois gols da vitória da nossa equipe sobre Araci por 2 a 1. Araci tinha uma fortíssima Seleção com grandes jogadores, entre eles o centroavante Marcelo", recorda.
O baiano começou a construir a marca ainda em 2003. Ele lembra com carinho do descobridor do seu talento com a bola nos pés. "Comecei (a fazer gols) em 2003, com a ideia do meu treinador Luisinho, que não está mais entre nós. Na época, eu sempre chegava no campo e começava a bater na bola. Em um jogo, tive a oportunidade de bater a falta e não parei mais".
Edimar também é dono de um currículo extenso, com 14 anos de carreira e passagens por diversos clubes e Seleções. "Clubes foram vários na Bahia, mas tem um em especial, o Grêmio Futebol Clube Igarense, que é do distrito de Igara, em Senhor do Bonfim, onde nasci, me criei e vivo ate hoje. Pelas Seleções foram cinco anos por Campo Formoso, de 2003 a 2007. Passei também por Santaluz, em 2008, e Pojuca, em 2009. Em 2010 disputei o Campeonato Baiano pelo Ipitanga, onde conseguimos livrar o mesmo do rebaixamento. Depois disso, dei uma pausa na carreira e só retornei ao Intermunicipal em 2013, atuando por Piritiba. Em 2014 e 2015 joguei por Mairi. Em 2017 defendi a Seleção de Senhor do Bonfim e nesse ano retornei para o selecionado de Campo formoso".
Como todo atleta, o arqueiro bonfinense tem um ídolo. Mas, por curiosidade, não é um dos goleiros artilheiros do futebol mundial. "Na verdade, desde o início da minha carreira meu ídolo é o Júlio César (ex-goleiro da Seleção Brasileira e de clubes como Flamengo, Inter de Milão-ITA e Benfica-POR). Inclusive, coloquei o nome de meu filho de Júlio César em homenagem a ele. Mas, como cobradores de faltas, admiro o grande Chilavert, com suas cobranças extraordinárias, e também o Rogério Ceni, que inclusive ultrapassou Chilavert na contagem dos gols".
Os sonhos também fazem parte da vida de Edimar. Apesar de lamentar não ter atuado por um grande clube, ele espera ver o filho seguir os seus passos e poder acompanhá-lo de perto. "Todos os jogadores sonham em conseguir chegar a um grande clube. Para mim, particularmente, acho que faltou um pouco de visibilidade e oportunidades ao longo da carreira. Creio que hoje, para alguns que têm potencial e estão iniciando, as oportunidades são maiores. Não posso negar que um dos meus sonhos consegui realizar, que foi atuar no Campeonato Baiano, mesmo somente aos 24 anos. Mas, ainda tenho muitos sonhos a serem realizados, como o de treinar e ver meu filho Júlio César jogando como goleiro, cobrando faltas e dando continuidade à minha história. Eu sou feliz e por tudo que conquistei agradeço a Deus. Sempre uso a minha frase predileta por onde ando: Deus é Fiel".
Confira abaixo imagens de gols de Edimar:
Fonte- FBF