Em nota, entidade chama de “irresponsável” a atitude de Cuca e jogadores do Peixe no Pacaembu
Polícia Militar do Estado de São Paulo, em nota divulgada nesta quarta-feira, critica a intervenção de Cuca e de jogadores do Santos na ação policial para intimidar a invasão de campo de torcedores nesta terça, no Pacaembu, no jogo contra o Independiente – que resultou na eliminação do Peixe na Libertadores da América. O texto chama de “irresponsável” a atitude dos profissionais do clube.
Cuca, técnico do Santos, correu na direção de policiais ao ver que um torcedor santista estava sendo imobilizado, na visão do treinador, com força exagerada.
– Faria isso por qualquer pessoa. Fui tentar tirar a mão do policial. Não precisava de tanta pessoa. Foi uma força exagerada, que não era necessária. O rapaz está errado de invadir o campo. Não levei porrada, fui tentar acalmar uma situação. Respeito e muito o trabalho da polícia – afirmou Cuca depois do jogo.
A PM diz que seus agentes são treinados para lidar com esse tipo de situação e argumenta que ações contrárias poderiam ter causado uma tragédia.
Confira a íntegra do comunicado da PM-SP:
Nota de esclarecimento
Interferência de técnico e jogadores em ação policial no Pacaembu
A Polícia Militar lamenta a tentativa irresponsável de interferência do técnico e de alguns jogadores do Santos Futebol Clube, durante ações técnicas do policiamento de choque para conter invasão de torcedores da equipe ao gramado do Pacaembu, na noite desta terça-feira (29).
Espera-se desses profissionais uma atitude oposta, no sentido de não incentivar os atos praticados pelos torcedores, facilitando o trabalho dos policiais militares, que estavam ali para garantir e manter um ambiente seguro para todos, incluindo os próprios jogadores, comissão técnica e torcedores.
Atitudes como estas podem provocar uma reação em cadeia e uma invasão generalizada ao gramado, o que poderia resultar numa tragédia.
É importante ressaltar que os policiais militares empregados neste tipo de contenção são todos atletas altamente capacitados e treinados em artes marciais, justamente para imobilizar pessoas em conduta antissocial, sem lhes causar ferimentos ou qualquer tipo de sequela.
Lembramos que a segurança num estádio de futebol é responsabilidade de todos: policiais militares, torcedores, jogadores, integrantes da comissão técnica, arbitragem, imprensa e outros profissionais envolvidos.
São Paulo, 29 de Agosto de 2018.
Centro de Comunicação Social da Polícia Militar
Fonte- GE