Questionado, tucano não respondeu se votaria em Bolsonaro em um 2º turno: “quem pode ser um bom presidente é Alckmin”
O ex-prefeito de São Paulo e candidato ao Governo do Estado, João Doria (PSDB), afirmou, em entrevista à Rádio Bandeirantes nesta segunda-feira, 1º que não votaria no PT “em hipótese alguma”. Questionado se Jair Bolsonaro (PSL) seria um bom presidente da República, ele desconversou e disse que “quem pode ser um bom presidente é Geraldo Alckmin”.
O jornalista Rafael Colombo perguntou se o apoio dele ficaria no candidato do PSL, em um eventual segundo turno entre Fernando Haddad (PT) e Bolsonaro. Doria apenas falou que teria que esperar os resultados, mas afirmou que não votaria no PT. O ex-prefeito, porém, não deixou claro sobre um apoio ao candidato do PSL. “Quero o PT bem distante do poder e, se possível, do Brasil”, disse.
A aproximação do ex-prefeito de São Paulo com pessoas ligadas ao candidato Bolsonaro tem causado descontentamento entre tucanos, segundo reportagem do jornal O Globo. De acordo com a matéria, o assunto teve início, em um grupo de WhatsApp, após a equipe de Doria lançar campanha com o título “Contagem Regressiva. Faltam 15 dias para você mudar São Paulo”, no qual ele omite qualquer referência ao candidato à Presidência da República da legenda, Geraldo Alckmin.
Ainda de acordo com o jornal, Alberto Goldman, crítico ferrenho de Doria, foi um dos que comentou o caso: “não se poderia mesmo esperar dele (Doria) nada nem partidária nem eticamente aceitável. É a expressão do seu caráter”.
Alckmin em São Paulo
Ainda durante entrevista à rádio, Doria disse que não acredita em um “cansaço” dos eleitores de São Paulo com o PSDB e sim com a campanha de Geraldo Alckmin. Nas pesquisas eleitorais focadas no eleitor do estado, o ex-governador aparece abaixo de Bolsonaro e empatado com Haddad, com 14% das intenções.
“Há um sentimento que não foi explicitado de uma forma mais clara na campanha do PSDB nacional para motivar ele eleitor ou eleitora do interior de São Paulo. É mais uma questão de campanha do que do partido”, afirmou.
O candidato ao governo explicou também que acredita que a legenda fará boa eleição de deputados estaduais e federais, assim como os partidos da coligação. “Devemos aumentar um pouco a bancada estadual na Assembleia Legislativa. A bancada federal deve aumentar 1 ou 2 deputados”.
Fonte- Band