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Em pronunciamento, Trump exige muro e não declara emergência nacional
Política
Publicado em 09/01/2019

Presidente norte-americano insistiu na liberação de U$S 5,7 bilhões para a construção da estrutura neste ano

O presidente do Estados Unidos, Donald Trump, pediu ao Congresso, em pronunciamento televisionado na noite de terça-feira, 8, a liberação de U$S 5,7 bilhões neste ano para a construção de um muro na fronteira com o México, mas não declarou emergência nacional para financiar a barreira com fundos militares.

Com forte oposição democrata no Congresso ao muro, que prometeu construir durante a campanha presidencial, Trump disse, em seu primeiro discurso no horário nobre direto do Salão Oval da Casa Branca, que há uma crescente crise humanitária e de segurança na fronteira entre os Estados Unidos e o México.

Em uma tentativa de conquistar o apoio do público com linguagem direta, o presidente republicano disse que imigrantes ilegais e drogas na fronteira sul do país representam uma séria ameaça à segurança norte-americana.

“Quanto mais sangue norte-americano precisará ser derramado antes de o Congresso fazer o seu trabalho?”, disse ao mencionar detalhes de assassinatos que teriam sido cometidos por imigrantes ilegais.

Depois de passar dias ameaçando usar seus poderes presidenciais para declarar uma emergência como primeiro passo para financiar o muro sem a aprovação dos parlamentares, Trump disse que manterá a busca por uma solução para o impasse no Congresso.

O discurso de Trump foi feito no 18º dia de uma paralisação parcial do governo, desencadeada por pela exigência para financiar o muro. A oposição do público à paralisação tem crescido, o que pode prejudicar Trump, que disse no mês passado ter orgulho de fechar o governo para lutar pela divisão.

Líderes democratas, em uma réplica também transmitida ao vivo na televisão, acusaram o presidente na noite de terça-feira, 8, de usar táticas de medo e difundir informações incorretas sobre a situação na fronteira.

“O presidente escolheu o medo. Nós queremos começar com os fatos”, disse Nancy Pelosi, democrata presidente da Câmara dos Deputados.

“O fato é que o presidente Trump escolheu manter como reféns serviços críticos para a saúde, segurança e bem-estar do povo norte-americano, retendo os salários de 800 mil funcionários inocentes pelo país, muitos deles veteranos”, disse.

Fonte- Band

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