A Petrobras anunciou um novo corte de 2,5% no preço médio do litro da gasolina sem tributo nas refinarias, válido para esta sexta-feira, dia 25, o que representa menos R$ 1,5104. Além disso, a estatal manteve sem alteração o preço do diesel, em R$ 1,9998, conforme tabela disponível no site da empresa.
Em dezembro, a Petrobras anunciou um mecanismo de proteção complementar no qual a companhia pode alterar a frequência dos reajustes diários do preço do diesel no mercado interno em momento de elevada volatilidade, podendo mantê-lo estável por curtos períodos de tempo de até sete dias, “conciliando seus interesses empresariais com as demandas de seus clientes e agentes de mercado em geral”. Já o hedge da gasolina, que passou a ser adotado em setembro de 2018, permite à empresa manter os valores estáveis nas refinarias por até 15 dias.
De lá para cá, a gasolina sai da refinaria mais barata e já acumula queda de quase 40%. Mas no caminho até a bomba, esse descontão acaba virando um descontinho. E o que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) quer saber é: por qual a redução das refinarias, não chegam efetivamente às bombas?
De acordo com a ANP, o preço nos postos nesse período caiu só 2%. O litro do combustível na refinaria passou a custar um valor bem abaixo. Mas, no meio do caminho, as distribuidoras baixaram, em média, só R$ 0,25, segundo a ANP. E na hora de abastecer, o litro cai ainda menos.
O preço da gasolina na refinaria, segundo a Petrobras, corresponde a um terço do valor cobrado para o consumidor final. Durante o trajeto até a bomba, o combustível vai ficando mais caro.
A distribuidora compra a gasolina pura e acrescenta os custos do etanol que é misturado, dos impostos, do frete e o lucro. Essa gasolina é vendida para os postos, que também adicionam impostos e uma margem de lucro ao produto. Tudo isso entra no valor final que o motorista sempre paga quando vai abastecer. O que não dá para entender é: se as distribuidoras compraram uma gasolina mais barata das refinarias, onde foi parar esse desconto?
Segundo a ANP, a margem de lucro dos postos brasileiros com a venda de gasolina aumentou 36,1% desde que a Petrobras começou a reduzir o preço nas refinarias.
Em Teixeira de Freitas, o Sulbahianews constatou que a litro da gasolina custa geralmente entre R$ 4,45 e R$ 4,54. Em algumas cidades pelo Brasil, onde os postos seguiram a linha de redução, a gasolina está custando R$ 3,49, o litro.
Há também cidades que estão na contramão das reduções, em Manaus por exemplo, a Ouvidoria e Proteção ao Consumidor (Procon) verificou claras evidências de que um “cartel dos combustíveis” agia na capital amazonense, uniformizando o preço do litro de gasolina a R$ 4,49, quando eram vendida a R$ 3,49. 41 postos foram notificados.
Nesse mercado, os preços, apesar de livres, seguem uma regra: o preço cai como uma pluma, mas sobe como um foguete.
Fonte- Sul Bahia News