O MPF afirma que Régis Fichtner ainda oculta patrimônio e atua na destruição de provas

O Ministério Público Federal apura onde estão os R$ 4,350 milhões recebidos em propina pelo chefe da casa Civil no governo Cabral, Régis Fichtner. O ex-secretário voltou a ser preso preventivamente, nesta sexta-feira (15), por ocultação de patrimônio e indícios de destruição de provas.

O montante identificado pela Força Tarefa da Lava Jato corresponde às mesadas pagas por Sérgio Cabral na média de R$ 200 mil, entre novembro de 2011 e fevereiro de 2014. A propina era entregue em espécie no escritório do operador financeiro de Fichtner, o coronel reformado da Polícia Militar Fernando França Martins, também preso na operação. Como eram valores vultosos, uma transportadora era utilizada pelos doleiros do ex-governador para a entrega, como destaca o procurador Sérgio Pinel.

A ex-secretária de Fichtner na Casa Civil, Ana Lúcia Vieira, foi intimada a prestar depoimento. O procurador Sérgio Pinel afirma que após deixar a pasta, o advogado usou o elo com a servidora para destruir provas.

Régis Fichtner já havia ido para a prisão em novembro de 2017, acusado de ter recebido mais de um R$ 1,5 milhão de reais em propina, mas foi solto uma semana depois pelo desembargador Paulo Espírito Santo, do Tribunal Regional Federal da Segunda Região.

Fonte- Band