Jogadores que formam a base campeã brasileira, porém, têm sido mantidos
A possibilidade de ser obrigado a pagar até agosto cerca de R$ 60 milhões por ações trabalhistas e cíveis antigas é um dos motivos alegados pelo Palmeiras ao enviar Alexandre Mattos, seu diretor de futebol, para tentar fazer caixa com negociações de promessas das divisões da base na Europa.
Além disso, o clube recentemente viu seu fluxo de caixa ficar mais comprometido com as recentes renovações de contratos e valorizações dos principais nomes do time profissional que foi campeão brasileiro em 2018, como o atacante Dudu e o volante Bruno Henrique.
A ideia da diretoria é novamente equacionar as questões financeiras com a venda de garotos, e não de jogadores já firmados na equipe de cima. Como exemplo, o Palmeiras diz ter rejeitado a intenção de um clube mexicano de pagar 18 milhões de euros (cerca de R$ 76 milhões) pelo zagueiro Gustavo Gómez, conforme noticiou o Uol.
Cedido pelo Milan até julho, o paraguaio vai permanecer no Verdão, tanto que o clube palmeirense já informou aos italianos que vai efetuar a compra em definitivo. Uma cláusula no contrato de empréstimo já previa a sequência do defensor no Brasil em caso de participação em 50% das partidas do time no período.
Em compensação, na viagem de Mattos, estão em pautas negociações pelo zagueiro Vitão (19 anos) e o lateral-esquerdo Luan Cândido (18 anos), dois nomes frequentemente convocados para as seleções brasileiras de base e que podem render quantia considerável.
A dupla desperta interesse do Barcelona, mas há outros clubes europeus interessados. Por Vitão, houve sondagens ainda de Bayer Leverkusen (Alemanha), Lille (França) e Watford (Inglaterra). Por Luan Cândido, Manchester City (Inglaterra) e Shakhtar Donetsk (Ucrânia) também estão na disputa.
O diretor do Palmeiras está neste momento na França, onde o Barcelona joga nesta terça-feira contra o Olympique de Lyon, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões. Mas, nesta quarta, ele retorna à Espanha para uma nova roda de conversas.
As dívidas do clube
Na lista de processos que onerarão o Palmeiras - frutos de dívidas referentes a jogadores que atuaram pelo clube desde 2000, em gestões anteriores à do presidente Maurício Galiotte -, um deles já beira R$ 44 milhões, nos cálculos do clube.
Trata-se de ação movida pelo empresário Antenor Angeloni, que foi avalista da contratação do volante Wesley, em 2012, pela qual pagou R$ 21 milhões. O Palmeiras recorre da decisão judicial, mas estuda entrar em acordo para baixar o valor, que tem correção monetária e está acrescido de juros.
Outra dívida reconhecida é com a Crefisa. A patrocinadora emprestou R$ 120 milhões para ajudar na contratação de jogadores nos últimos anos. Montante que, depois de multa da Receita Federal à empresa, precisará ser devolvido pelo clube.
Fonte- GE