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Presidente do Palmeiras é investigado pela Polícia Civil por causa de contrato com a Crefisa
Esporte
Publicado em 08/03/2019

Assinatura do aditivo ao vínculo de patrocínio está sendo analisado pelo Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais)

 

O aditivo no contrato de patrocínio da Crefisa voltou a agitar os bastidores do Palmeiras nos últimos dias.

 

O presidente Maurício Galiotte e o presidente do Conselho Deliberativo Seraphim Del Grande são investigados pela Polícia Civil sobre supostas irregularidades na assinatura dos termos do vínculo, acordados em dezembro de 2017.

 

Segundo publicação do Uol, o pedido de averiguação encaminhado ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) foi feito pelo conselheiro Paulo Jussio, ligado ao grupo do ex-presidente Mustafá Contursi, em novembro do ano passado.

 

Maurício Galiotte e Seraphim Del Grande foram convocados para esclarecimentos, mas solicitaram novas datas por causa de compromissos pessoais. De acordo com pessoas ligadas ao presidente, há um sentimento de tranquilidade na diretoria por tudo ter corrido de acordo com o estatuto do clube.

 

Para membros da situação, a motivação da denúncia é política por ter sido feita três dias antes da eleição presidencial de 2018, que reelegeu Maurício Galiotte para um mandato de três anos, e por voltar a ser discutida três dias antes da eleição para a presidência do Conselho Deliberativo – Seraphim Del Grande tenta a reeleição na próxima segunda-feira em disputa contra Sylvio Mukai.

 

No ano passado, o assunto agitou a vida política palmeirense, quando o clube reconheceu dívida com a Crefisa pelo investimento em contratações depois de a empresa ser multada pela Receita Federal. A partir dali, qualquer valor em contratação repassado pela patrocinadora passou a ser considerado como empréstimo.

 

Opositores alegam que Galiotte não poderia ter reconhecido uma dívida superior a 10% do orçamento palmeirense sem aprovação do Conselho de Orientação e Fiscalização, além de ter assinado o aditivo de maneira retroativa - o acordo ocorreu em dezembro de 2017, quando o presidente estava licenciado, e foi oficializado em janeiro do ano seguinte.

 

Com a reprovação do COF do desempenho financeiro do Verdão nos meses de 2018, o assunto foi levado ao Conselho Deliberativo em agosto do ano passado. Em votação, o Órgão aprovou o contrato por 141 votos contra 67 abstenções, mas opositores reclamam que a convocação da reunião previa apenas a discussão do assunto naquela ocasião.

Seraphim Del Grande, presidente do Conselho Deliberativo do Palmeiras — Foto: Fabio Menotti/Ag. Palmeiras/Divulgação

Em 2019, o COF aprovou por unanimidade as contas do Palmeiras do ano passado, que teve receita recorde, mas com ressalvas que serão novamente discutidas no Conselho Deliberativo. Entre os questionamentos, o principal ponto de discordância continua sendo o aditivo ao contrato com a Crefisa, que fez o clube reconhecer uma dívida iniciada em R$ 120 milhões e, de acordo com opositores, hoje é de aproximadamente R$ 150 milhões.

 

Veja abaixo o posicionamento do presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, e do presidente do Conselho Deliberativo do Verdão, Seraphim Del Grande:

 

"Como Presidente da Diretoria Executiva e Presidente do Conselho Deliberativo do Palmeiras, lamentamos profundamente que questões políticas tenham se sobreposto aos interesses da instituição, a ponto de se tentar colocar sob suspeição a imagem de gestão responsável pela qual nosso clube passou a ser reconhecido.

 

Os novos contratos com a Crefisa foram amplamente debatidos e aprovados pelo Conselho Deliberativo, órgão máximo do Palmeiras. Portanto, a atitude oportunista de alguns membros da oposição ao levarem a outras esferas um assunto interno do clube, nada mais é do que uma tentativa de conturbar um ambiente limpo, democrático e transparente.

 

Atuamos seguindo rigorosamente todas as regras estatutárias, por isso, estamos absolutamente seguros sobre todos procedimentos adotados nesse, e em todos outros casos que envolvem o nome de nosso clube. Dessa forma, quando necessário, prestaremos todos os esclarecimentos às autoridades sobre a lisura na condução dessa questão".

 

Fonte - GE

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