Levir lamenta saída do Atlético-MG antes de final e prevê Sampaoli como próximo técnico da Seleção
Ex-técnico do Galo fala sobre demissão às vésperas do clássico decisivo e fala sobre técnico do Santos no Brasil: "Ele foi treinar de bicicleta, ele tem tatuagem e ele é argentino"
O técnico Levir Culpi falou pela primeira vez sobre a sua demissão do Atlético-MG, ocorrida dois dias antes da decisão do Campeonato Mineiro. De férias após o término do seu trabalho no clube alvinegro, o treinador participou do programa "Bem, Amigos", do Sportv, e lamentou o término precoce de sua sexta passagem pelo Galo.
Levir Culpi lembrou do bom resultado contra o Cruzeiro no primeiro clássico d ano e o fato de ter terminado a primeira fase do Campeonato Mineiro com a melhor campanha, mas lamentou não ter tido a chance de ganhar o seu sexto campeonato estadual em Minas.
- Está ficando muito mais inseguro. Nós é que estamos conduzindo para isso. Tem uma expectativa. A imprensa aperta muito também, são muitos questionamentos em cima do técnico e de alguns jogadores. Alguma coisa fora do normal. Não há como responder aos apelos. São poucos os times que tem a capacidade de segurar o técnico.
O Mano está no Cruzeiro há três anos e o Cruzeiro nesse ano só perdeu um jogo. Quando joguei pela primeira vez contra o Cruzeiro, o Cruzeiro estava invicto e nós empatamos no Mineirão. Só que com essa vantagem toda do Cruzeiro, nós fomos para a final com a vantagem.
Fizemos um trabalho melhor que o do Cruzeiro, com quatro meses como técnico. Fomos para as finais. Eles me mandaram embora três dias antes do primeiro jogo. Poderia ser o meu sexto título mineiro. Tinha uma possibilidade boa. No clássico é 50%, embora o time do Cruzeiro tivesse um técnico com três anos e invicto no Campeonato. Só isso que estranhei na minha saída. Por que não deixaram eu completar esses dois jogos? Somente isso.
Apesar da saída precoce, Levir garante não guardar mágoas do Atlético-MG e valoriza sua passagem pelos dois principais clubes do futebol mineiro. Somando Cruzeiro e Galo, o técnico tem mais de 600 jogos pelos dois clubes.
- Eu estou ficando mais emotivo. É uma coisa natural. Sou muito emotivo. Em alguns momentos, na saída (de 2015), eu não consegui me controlar. Eu tive vontade de chorar agora, mas me segurei. Estava com um pouquinho de raiva. Eu não me sinto no direito de reclamar do Atlético. Foi um time que me recebeu seis vezes. Faz parte da minha história. Não é fazer média, mas Minas Gerais para mim, com 600 jogos, é meio que inexplicável. Não seria da minha parte sair reclamando. Não fui bem. Peguei um momento mal do time e as decisões foram tomadas. Eu nunca vou esquecer a oportunidade de trabalhar lá e os amigos que estão lá. Nesse ano, tivemos bons momentos também. Tenho que agradecer e não posso ficar chateado com ninguém.
Próximo técnico da Seleção Brasileira
Em um determinado momento do debate com todos os participantes do programa, quando o assunto era o momento da Seleção Brasileira, Levir Culpi ironizou sobre o próximo técnico do Brasil, dizendo que Jorge Sampaoli, do Santos, seria o escolhido.
Eu tenho uma convicção sobre seleção. Só sei quem vai ser o próximo técnico da seleção brasileira. Eu tenho certeza. Vai ser o Sampaoli. Ele foi treinar de bicicleta, ele tem tatuagem e o mais importante: ele é argentino. Escuta o que eu estou falando. Este é o Brasil - falou o treinador sobre o estilo que vem sendo adotado por Sampaoli desde que chegou ao Santos.
Por GloboEsporte.com — de Belo Horizonte
07/05/2019 00h35 Atualizado há 8 horas