Maia defende divulgação de mensagens atribuídas a Moro; 'Não é crime' diz o deputado
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta sexta-feira (5) a divulgação dos supostos diálogos entre integrantes da Lava-Jato pelo Intercept Brasil.
O deputado esteve presente no programa Pânico, da Jovem Pan, e afirmou que não pode haver " dois pesos e duas medidas " sobre a divulgação de informações de interesse público.
"Quando é para beneficiar um lado, é bacana, mas quando é para beneficiar o outro lado, aí não pode? Um vazamento de um documento sigiloso que foi entregue por um agente público a um jornalista é pior do que um hacker vazar uma informação?", indagou.
"Todo mundo divulgou o Wikileaks e, naquela época, ninguém viu problema. É claro que é crime (o que o hacker da Lava-Jato fez), mas o jornalista que divulgou a informação não está errado. Está mais do que claro, com respaldo da Constituição Federal, que não é crime", comentou Maia sobre o caso de divulgação dos arquivos secretos do governo americano.
Rodrigo Maia também mencionou a conversa telefônica feita entre a então presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva, divulgada em 2016. O grampo nos diálogos não tinha autorização legal, já que foi feito após Sergio Moro, à época juiz responsável pela Lava-Jato no Paraná, pedir a interrupção dos grampos, segundo o Globo.
"Eu sou contra vazamento ilegal, só que o jogo foi jogado assim a vida inteira, inclusive durante o impeachment da Dilma. Aquela decisão do vazamento (feito por Moro) foi decisivo para recuperar o impeachment, que estava morrendo naquela época. Que vá atrás do criminoso, que entrou no celular de terceiros para pegar informações