É HEXA! Brasil bate a Argentina, mantém hegemonia e conquista vaga para a Olimpíada de Tóquio
REUTERS/Sergio Moraes
Seleção feminina de handebol bate a Argentina pela quarta vez em cinco finais de Pan e chega ao sexto título consecutivo no torneio. Ouro em Lima garante o Brasil nos Jogos Olímpicos 2020
A seleção feminina de handebol venceu a disputa mais importante do Brasil neste Pan de Lima até o momento. Vitória sobre a rival Argentina por 30 a 21. Sexto título consecutivo nos Jogos. E vaga assegurada para a Olimpíada de Tóquio 2020 em uma noite incrível. Todos os elementos de um grande clássico estiveram presentes no Ginásio Poliesportivo 1 de Videna, na capital peruana. Arquibancadas lotadas, os mais importantes dirigentes esportivos dos dois países nas tribunas, torcidas barulhentas, discussão com os árbitros e um jogão de handebol.
Hexacampeonato do Brasil. Tetra de Deonise. Tri de Ana Paula, Duda e Bárbara. Bi de Larissa, Tamires, Elaine e Jaqueline. Além do primeiro título de Renata, Bruna, Larissa, Adriana, Samara e Patrícia. Primeiro título do Pan do técnico espanhol Jorge Dueñas, que substitui o dinamarquês Morten Soubak, campeão mundial com esta seleção em 2013. Daquele time campeão do mundo, seis ainda estão na seleção: Deonise, Mariana, Duda, Elaine, Ana Paula e Bárbara.
Larissa vibra muito com um dos gols brasileiros — Foto: Wander Roberto/COB Larissa vibra muito com um dos gols brasileiros — Foto: Wander Roberto/COB
Larissa vibra muito com um dos gols brasileiros — Foto: Wander Roberto/COB
Como uma grande noite de gala, porém, houve drama no começo. O Brasil começou mal na defesa e errando bolas fáceis no ataque. Dueñas logo trocou as goleiras. Saiu a capitã Bárbara e entrou a caçula do time, Renata Arruda, de 20 anos. A pernambucana, curiosamente, nasceu em 1999, mesmo ano em que a seleção ganhou o primeiro da sequência de seis títulos do Pan. Desde 1995, a seleção feminina não perde um jogo de handebol no Pan: já são 35 partidas invictas. Não seria deste vez, certo? Bom, a equipe correu sérios riscos depois de um primeiro tempo ruim.
No ataque, as brasileiras foram comandadas pela força de Duda Amorim, que fez metade dos gols da equipe na primeira etapa. Eleita a melhor jogadora do mundo em 2014, a armadora de 1,86 m literalmente passou por cima da defesa argentina no início da partida. Mesmo assim, a Argentina ficou na frente do placar durante os 30 minutos iniciais de jogo. Apenas graças a dois gols de Larissa, um em uma roubada de bola no meio do campo e outro em contra-ataque, que o Brasil terminou o primeiro tempo empatado com a Argentina: 12 a 12.
Depois do jogo, brasileiras dançaram em quadra para comemorar — Foto: REUTERS/Sergio Moraes
Depois do jogo, brasileiras dançaram em quadra para comemorar — Foto: REUTERS/Sergio Moraes Depois do jogo, brasileiras dançaram em quadra para comemorar — Foto: REUTERS/Sergio Moraes
Depois do jogo, brasileiras dançaram em quadra para comemorar — Foto: REUTERS/Sergio Moraes
A seleção só assumiu a frente do placar pela primeira vez aos 2 minutos do segundo tempo, após gol de Patrícia: 14 a 13. A continuação foi avassaladora. Minutos depois já estava 16, 17, 20 a 15. Renata seguiu sua atuação de gala no gol. Deonise, a única tetracampeã desse atual elenco, voltou a liderar o time. E o Brasil ganhou a terceira final consecutiva de Pan contra as rivais argentinas. Das últimas cinco decisões, quatro foram contra a Argentina. E o Brasil ganhou todas. Festa brasileira em Lima. Rumo a Tóquio!
Por Marcel Merguizo — Lima, Peru
30/07/2019 23h55 Atualizado há 6 horas