Brasil sofre, mas vence Azerbaijão no tie-break e fica a uma vitória de Tóquio 2020
Seleção Brasileira sai na frente, mas encontra dificuldades e precisa do quinto set para vencer segundo jogo do Pré-Olímpico
Tudo parecia caminhar a favor do Brasil na segunda rodada do Pré-Olímpico. Parecia. Depois do primeiro set tranquilo, o time de José Roberto Guimarães caiu de rendimento e viu o Azerbaijão crescer no jogo. Os ataques com bola alta nas extremidades e o bom saque adversário dificultaram a vida do Brasil. A saída foi contar com as bolas de meio para empatar no quarto set e vencer a partida no tie-break: 3 sets a 2 (parciais de 25/13, 23/25, 21/25, 25/19 e 15/12), em 2h10, na Arena Sabiazinho, em Uberlândia. Com 26 pontos, Polina Rahimova foi a maior pontuadora do jogo. Pelo lado brasileiro, Gabi anotou 17 e Mara 15.
Melhores momentos de Brasil 3 x 2 Azerbaijão pelo Pré-Olímpico Feminino de Vôlei
Com o fim da segunda rodada, o Brasil está na segunda colocação com duas vitórias e cinco pontos. A República Dominicana, que venceu Camarões por 3 sets a 0 (parciais de 25/20, 25/19 e 25/14), lidera com duas vitórias e seis pontos. Mesmo perdendo pontos na segunda rodada, a seleção brasileira ainda depende só dela para carimbar o passaporte para Tóquio 2020. Basta vencer a República Dominicana por qualquer placar - o primeiro critério de desempate é o número de vitórias.
Agenda
Na terceira e decisiva rodada, o Brasil pega a República Dominicana neste sábado, às 10h. A seleção de Camarões enfrenta o Azerbaijão, às 12h30. As duas partidas serão no Sabiazinho. O jogo do Brasil terá transmissão da TV Globo e do SporTV 2. O GloboEsporte.com acompanha a partida em tempo real.
Os sets
Assim como no primeiro jogo, a oposta Tandara começou como ponteira. Mas o bom início foi de Lorenne, virando bolas importantes. A oposta Polina Rahimova respondeu do outro lado e não deixou o Azerbaijão se distanciar do placar: 8 a 6. Aproveitando melhor os contra-ataques e fechando a porta do adversário, o Brasil teve oito pontos no segundo tempo técnico: 16 a 8. Quando a diferença chegou a mais de dez pontos, foi a vez do técnico José Roberto Guimarães colocar a ponteira Natália em quadra. O trio Natália, Gabi e Tandara voltou a dividir a mesma quadra pela seleção após quase dois anos. Tanquilo, o Brasil dominou a parcial e fechou com Tandara, na pipe: 25 a 13.
Polina Rahimova castigou o Brasil no saque e nos ataques pela entrada de rede — Foto: FIVB
Polina Rahimova castigou o Brasil no saque e nos ataques pela entrada de rede — Foto: FIVB Polina Rahimova castigou o Brasil no saque e nos ataques pela entrada de rede — Foto: FIVB
Polina Rahimova castigou o Brasil no saque e nos ataques pela entrada de rede — Foto: FIVB
O segundo set foi lá e cá no início, com os pontos bem disputados. Com Bia explorando o bloqueio, a equipe brasileira foi para o primeiro tempo técnico novamente com 8 a 6. Polina Rahimova apareceu e deixou tudo igual: 9 a 9. Explorando bem o saque, a seleção do Azerbaijão abriu dois pontos em 12 a 10. As bolas altas na entrada de rede dificultaram o bloqueio brasileiro. A solução foi chamar Paula Borgo do banco para cravar no chão e empatar em 16 a 16. Em reta final bem equilibrada, Rahimova castigou no saque, fez ace e deixou o Azerbaijão a um ponto do set. Quem fechou foi Hasanova, na China: 25 a 23.
O ritmo do set anterior continuou na terceira parcial. Com três pontos de Gabi, um deles de saque, o Brasil abriu 8 a 6. Mas o Azerbaijão respondeu logo e, mais uma vez, usando a força do saque e do bloqueio tomou à frente do placar. Com o passe quebrado, o ataque da seleção brasileira teve dificuldades para virar, sem contar os erros de saque. A maior diferença foi em 22 a 16. O Brasil até esboçou uma reação no fim do set, mas ataque do Azerbaijão toca em Lorenne e vai para fora: 25 a 21.
No quarto set, o Brasil abriu vantagem no começo graças a Mara, bem no saque e no ataque. Mas o Azerbaijão não se intimidou e seguiu na cola. As equipes seguiram alternando a liderança. Gabi de um lado, Rahimova do outro. Explorando as bolas de meio com Mara e Bia, o Brasil encontrou uma saída e teve quatro pontos em 18 a 14. Assim, manteve a vantagem e fechou com a central Mara, em bola rápida no meio: 25 a 19, e jogo decidido no tie-break.
Central Mara cresce no fim e ajuda Brasil a empatar no quarto set e vencer no tie-break — Foto: FIVB
Central Mara cresce no fim e ajuda Brasil a empatar no quarto set e vencer no tie-break — Foto: FIVB Central Mara cresce no fim e ajuda Brasil a empatar no quarto set e vencer no tie-break — Foto: FIVB
Central Mara cresce no fim e ajuda Brasil a empatar no quarto set e vencer no tie-break — Foto: FIVB
O tie-break resumiu bem o jogo. Novamente as equipes se alternando na liderança. O Brasil atacando com Mara e Gabi, mas sofrendo com Rahimova. Após ataque no meio com Mara e ace de Gabi, a seleção brasileira abriu 10 a 7. O Brasil administrou a reta final e com ataque de Gabi explorando o bloqueio, fechou o set em 15 a 12 e o jogo em 3 sets a 2.
Escalações
Brasil: Mara, Macris, Gabi, Tandara, Bia, Lorenne. Líbero: Léia. Entraram: Roberta, Paula Borgo, Natália, Carol e Amanda.
Azerbaijão: Azimova, Aliyeva, Abdulazimova, Hasanova, Samadova, Rahimova. Líbero: Aliyeva. Entraram: Gurbanova, Yagubova, Kiryliuk, Alishanova e Bezsonova.
Confira os jogos do Grupo D
01/08 – Brasil 3 x 0 Camarões (25/14, 25/13 e 25/16)
01/08 – República Dominicana 3 x 0 Azerbaijão (25/15, 25/22 e 25/18)
02/08 – Brasil 3 x 2 Azerbaijão (25/13, 23/25, 21/25, 25/19 e 15/12)
02/08 – República Dominicana 3 x 0 Camarões (25/20, 25/19 e 25/14)
03/08 – 10h – Brasil x República Dominicana
03/08 – 12h30 – Camarões x Azerbaijão
Por Lucas Papel — Uberlândia, MG
02/08/2019 16h42 Atualizado há 52 minutos