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EUA formalizam aval à indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada de Washington
Política
Publicado em 09/08/2019

 

EUA formalizam aval à indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada de Washington

 

Jair Bolsonaro afirmou que deve enviar a indicação do filho para o Congresso na semana que vem. Deputado federal precisa passar por uma sabatina e seu nome ainda precisa ser aprovado em votação no Senado.

 

EUA dão sinal verde para Eduardo Bolsonaro assumir embaixada do Brasil em Washington

 

Os Estados Unidos formalizaram o aval para indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL/SP), filho de Jair Bolsonaro, para ser o embaixador do Brasil em Washington. 

Na manhã desta sexta-feira (9), o presidente Bolsonaro indicou que deve enviar o nome de Eduardo ao Congresso no início da semana que vem. "Pode ser segunda, terça", disse.

 

Antes de assumir o posto, Eduardo Bolsonaro precisa passar por uma sabatina na Comissão de Relações Exteriores. Ao final da sabatina, o colegiado submete a indicação à votação secreta. Independente da aprovação ou rejeição nessa comissão, o plenário do Senado precisa referendar o resultado, também em voto secreto com maioria simples.

 

Entenda as regras para indicação de embaixadores

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) durante viagem aos Estados Unidos em novembro do ano passado — Foto: Paola de Orte/Agência Brasil O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) durante viagem aos Estados Unidos em novembro do ano passado — Foto: Paola de Orte/Agência Brasil

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) durante viagem aos Estados Unidos em novembro do ano passado — Foto: Paola de Orte/Agência Brasil

 

 

O ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, tem uma reunião prevista com Eduardo Bolsonaro na manhã desta sexta em Brasília.

 

Trump elogiou Eduardo

Normalmente o "agrément", como é chamado esse processo de consulta, é feito de maneira sigilosa para evitar constrangimento no caso de o país que vai receber o embaixador rejeitar o nome indicado.

 

Porém, Jair Bolsonaro e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, trataram do assunto publicamente. O chefe de estado brasileiro anunciou sua intenção de indicar o filho quando ele completou 35 anos - condição para assumir o posto.

 

No fim de julho, Trump já tinha elogiado a escolha de Eduardo para a representação diplomática. "Conheço o filho dele [Jair Bolsonaro], e eu considero que o filho dele é extraordinário, um jovem brilhante, incrível, estou muito feliz pela indicação", disse Trump.

 

Na avaliação de Trump, a indicação não configuraria nepotismo. "Não, eu não acho que é nepotismo porque o filho ajudou muito na campanha. O filho dele é extraordinário, ele realmente é", afirmou.

 

Trump nomeou a filha Ivanka como assessora especial do governo e o marido dela, Jared Kushner, como conselheiro sênior. Como funcionários de alto escalão da Casa Branca, filha e genro do presidente não estão na folha de pagamento. Assim, escapam da lei antinepotismo que vigora desde 1967.

 

Importância da embaixada em Washington

O posto de embaixador brasileiro em Washington está vago desde abril, quando Ernesto Araújo decidiu transferir o então embaixador Sergio Amaral para o escritório de representação do Itamaraty em São Paulo.

 

A nomeação de Eduardo Bolsonaro quebraria uma tradição do Itamaraty em selecionar somente diplomatas com longa experiência para a função. O poder econômico norte-americano e o tamanho da comunidade brasileira nos EUA tornam o cargo um dos mais visados pelos diplomatas de carreira.

 

Entenda a importância da embaixada nos EUA

 

Estima-se que mais de 1 milhão de brasileiros vivam nos Estados Unidos. As representações brasileiras no país prestam serviços como emissão de passaportes, atendimento a emergências envolvendo cidadãos nacionais e até o envio de funcionários para visitas a presos – sem intermediar diretamente, entretanto, a relação do brasileiro com a Justiça local.

 

Alguns desses brasileiros residem nos EUA de maneira clandestina, sem visto ou com o documento expirado. Cumprindo suas promessas de campanha, Trump endureceu a política migratória e, recentemente, as autoridades norte-americanas iniciaram operações para deter estrangeiros em situação irregular.

 

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