Diretor do Hospital Badim diz que 11 pessoas morreram e 77 foram transferidas após incêndio
A 11ª vítima é uma mulher identificada como Ivone Cardoso. Ela estava no Hospital Israelita Albert Sabin e já foi levada para o IML. Quinze pacientes tiveram alta. Dois funcionários do hospital prestaram depoimento na 18ª DP.
O diretor do Hospital Badim, Fábio Santoro, disse em um comunicado lido na tarde desta sexta-feira (13) que foram confirmadas 11 mortes no incêndio que atingiu a unidade no início da noite desta quinta . A vítima é uma mulher identificada como Ivone Cardoso que estava no Hospital Israelita Albert Sabin.
Ainda segundo Santoro, 77 pessoas seguem internadas em hospitais que deram apoio ao Badim. Quinze pacientes tiveram alta hospitalar.
“Dos 103 pacientes que estavam na unidade, 77 seguem internados e estão em 12 instituições de saúde da nossa cidade. Quinze já estão nas suas residências. Onze óbitos foram confirmados, sendo um deles em fase de oficialização pelo IML”, disse Santoro.
Investigação e perícia
Os peritos que trabalhavam no incêndio deixaram a unidade de saúde no início da tarde. A informação é que eles conseguiram acessar o aparelho, mas ainda tem muita água no subsolo do prédio. O prédio do hospital está interditado administrativamente, mas não existem riscos. Outros quatro imóveis vizinhos ao Badim foram interditados preventivamente pela Defesa Civil.
A água que inundou o subsolo do hospital durante a ação para apagar o fogo será drenada e com luz adequada o local onde está o gerador será periciado.
A Polícia Civil informou ainda que dois funcionários da unidade de saúde prestaram depoimentos na 18ª DP. Ainda não está confirmado se outros vão depor sobre o caso nesta sexta.
Asfixia e desligamento de aparelhos
De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), 10 corpos deram entrada na unidade.
Segundo exames preliminares, a maioria das vítimas estava no CTI do hospital e morreu asfixiada com a fumaça, sem queimaduras graves. Algumas pereceram com o desligamento dos aparelhos.
"A maioria foi por asfixia, alguns casos não, mas coisas correlacionadas ao acidente (...) São descompensações das doenças que as pessoas, relacionadas aos aparelhos que as mantinham vivas e que deixaram de funcionar com o incêndio", explicou Gabriela Garça, diretora do IML que coordenou a necropsia.
Dez mortos já foram identificados no IML (veja quem são):
Alayde Henrique Barbieri, 96 anos;
Ana Almeida do Nascimento, 90 anos;
Berta Gonçalves Barreira de Souza, 93 anos;
Darcy da Rocha Dias, 88 anos;
Irene Freiras de Brito, 84 anos;
José Costa de Andrade, 79 anos;
Luzia dos Santos Melo, 88 anos;
Maria Alice Teixeira da Costa, 76 anos;
Marlene Menezes Fraga, 85 anos;
Virgílio Claudino da Silva, 66 anos;
Ivone Cardoso, ainda sem idade confirmada;
Hospitais para onde foram levados pacientes:
Americas
Casa de Portugal
Caxias D'or
Copa D'or
Gafree Guinle
Israelita Albert Sabin
Norte D'Or
Quinta D'Or
Samaritano
São Bernardo
Unimed Barra
Incêndio
O fogo começou na noite de quinta-feira (12), no subsolo da unidade de saúde, no Maracanã, Zona Norte do Rio.
"A maioria foi por asfixia, alguns casos não, mas coisas correlacionadas ao acidente (...) São descompensações das doenças que as pessoas, relacionadas aos aparelhos que as mantinham vivas e que deixaram de funcionar com o incêndio", explicou Gabriela Garça, diretora do IML que coordenou a necropsia.
Por Matheus Rodrigues, Ari Peixoto e Mariana Queiroz, G1 Rio, TV Globo e GloboNews
13/09/2019 15h03 Atualizado há um minuto