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Desemprego cede novamente em agosto, mas ainda atinge 12,6 milhões de brasileiros
Diversas
Publicado em 27/09/2019

Desemprego cede novamente em agosto, mas ainda atinge 12,6 milhões de brasileiros

 

 

Taxa cai a 11,8%, mas informalidade avança e número de trabalhadores que atuam por poucas horas bate recorde

 

RIO - O desemprego continua cedendo. A taxa no trimestre encerrado em agosto caiu para 11,8%, mas 12,6 milhões de pessoas ainda buscavam uma vaga. Os dados são da pesquisa Pnad Contínua, do IBGE.

 

Nos três meses encerrados em maio, que servem como base de comparação, 12,9 milhões de pessoas estavam sem emprego, e a taxa estava em 12,3%. O mercado projetava um desemprego de 11,6% em agosto.

 

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Um ano antes, no trimestre encerrado em agosto de 2018, a taxa havia ficado em 12,1% e o grupo de desempregados era praticamente o mesmo do atual (12,7 milhões de pessoas).

 

Apesar da queda na taxa de desemprego, o número de brasileiros que estão subocupados por insuficiência de horas trabalhadas cresceu 8,5% em relação ao mesmo período do ano passado e alcançou novo recorde: 7,2 milhões estão nessa situação .

 

Nos últimos meses, a expansão do número de brasileiros que trabalham por poucas horas se concentrou entre os mais qualificados , com nível superior.

 

São pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana - considerando todas as suas atividades - e estão disponíveis para atuar por mais tempo, mas não encontram serviço. É o caso de autônomos ou trabalhadores que vivem de bico.

 

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Ao todo, o Brasil tem 27,8 milhões de trabalhadores subutilizados. Neste grupo estão, além dos desempregados e dos desalentados - que são as pessoas que desistem de procurar emprego -, as pessoas que trabalham menos de 40 horas por semana e gostariam de trabalhar mais e aqueles que procuraram, mas não poderiam trabalhar naquele momento por diversas razões, como ter de cuidar dos filhos.

 

Rendimento fica estável: R$ 2.298

O desalento atinge 4,7 milhões e caiu 4% em relação ao trimestre encerrado em maio.

 

O rendimento médio real habitualmente recebido pelo trabalhador brasileiro foi estimado em R$ 2.298 e ficou estável.

 

Mais uma vez a informalidade bateu recorde em agosto: 41,4% das pessoas que estavam ocupadas ou 38,8 milhões de trabalhadores não tinham carteira assinada ou CNPJ.

 

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O número dos conta própria, trabalho majoritariamente informal, também renovou o recorde: 24,3 milhões de pessoas estavam nessa condição em agosto.

 

Com a informalidade batendo recorde em agosto, o percentual de trabalhadores empregados que contribuem para a previdência social, o INSS, voltou a se aproximar de  seu mínimo histórico.

 

Contribuição para Previdência perto do mínimo

Do total de 93,6 milhões de brasileiros que trabalhavam em agosto, apenas 62,4% eram contribuintes. A taxa mais baixa foi registrada em 2012, quando a pesquisa começou a ser feita, e apenas 61,5% do ocupados, à época, pagavam mensalmente uma contribuição ao INSS.

 

- Desde 2018 a população ocupada cresce e poderia se esperar que, com o aumento do emprego, a contribuição previdenciária acompanharia essa trajetória. Mas isso não acontece. Ele vei caindo desde 2017 porque o aumento do emprego se dá via informalidade - explica Adriana Araújo Beringuy, analista da Coordenação de Trabalho e Rendimentos do IBGE.

 

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A Pnad analisa tanto o mercado formal quanto o informal. Essa melhora nos números já havia sido captada pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados esta semana pelo governo, que apontou o melhor resultado para o mês desde 2013 .

 

A indústria foi o setor com maior número de vagas abertas no trimestre encerrado em agosto: 272 mil postos de trabalho a mais, em relação a maio, mês que serve de referência para comparação.

 

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A construção civil abriu 181 mil novas vagas e o serviço doméstico, 109 mil novos postos de trabalho.

 

- O crescimento na indústria está bem espalhado e majoritariamente são trabalhadores por conta própria, assim como na construção. Na indústria são trabalhadores nas confecções têxteis e na indústria de alimentos, principalmente no beneficiamento de comida. Na construção, são autônomos trabalhando em obras de edifícios - detalhou Adriana.

 

 

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Daiane Costa

27/09/2019 - 09:00 / Atualizado em 27/09/2019 - 10:46

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