Estranhamos o silêncio da ONU e ONGs, sempre tão vigilantes com o meio ambiente', diz Bolsonaro sobre óleo no Nordeste
No Twitter, presidente rebateu críticas de que governo demorou a reagir a desastre ambiental
RIO — O presidente Jair Bolsonaro rebateu no Twitter as críticas de que o governo demorou a reagir ao vazamento de óleo que já chegou a mais de 150 praias do Nordeste . Segundo o presidente, desde 2 de setembro o governo estaria atrás dos responsáveis pelo derramamento de petróleo na região.
No mesmo post deste sábado, Bolsonaro ironizou a atuação das Organizações das Nações Unidas ( ONU ) e de ONGs ligadas ao meio ambiente.
"Estranhamos o silêncio da ONU e ONGs, sempre tão vigilantes com o meio ambiente", escreveu o presidente.
Mais de 150 praias atingidas
Segundo o último balanço divulgado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), nesta sexta-feira, 156 localidades já foram atingidas pelas machas de óleo.
As localidades afetadas pela mancha
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Nome Município UF Data Status
Arembepe Camaçari BA 10/10/2019 Oleada - Vestígios/Esparsos
Imbassaí Mata de São João BA 10/10/2019 Oleada - Vestígios/Esparsos
Ilha Caçacueira - Resex de Cururupu Cururupu MA 10/10/2019 Oleada - Manchas
Porto de Sauípe Entre Rios BA 09/10/2019 Oleada - Vestígios/Esparsos
Guarajuba Camaçari BA 09/10/2019 Oleada - Vestígios/Esparsos
Guarajuba Camaçari BA 09/10/2019 Oleada - Vestígios/Esparsos
Praia do Forte Mata de São João BA 08/10/2019 Oleada - Vestígios/Esparsos
Baixio Esplanada BA 07/10/2019 Oleada - Manchas
Foz do Rio Subauma Esplanada BA 07/10/2019 Oleada - Manchas
Foz do Rio Inhampube Esplanada BA 07/10/2019 Oleada - Vestígios/Esparsos
Também nesta sexta, o óleo chegou a Salvador, na Bahia, e atingiu mais oito cidades do estado. Além da capital baiana, os municípios de Lauro de Freitas, Camaçari, Mata de São João, Entre Rios, Esplanada, Conde e Jandaíra também foram afetados.
O cenário paradisíaco da Praia do Forte, localizada no município de Mata do São João (BA) e conhecida pelos seus recifes e água cristalina, deu lugar a grossas camadas de óleo cru. Voluntários dizem ter recolhido duas toneladas do material da região, conhecida por seus recifes e tartarugas.
As manchas atingiram ainda uma área de conservação da natureza: a Reserva Extrativista (Resex) Cururupu, no Maranhão , a 157 km de São Luís.
Na quinta, a Marinha decidiu que vai notificar 30 embarcações de 10 países para prestarem esclarecimentos no inquérito que apura a origem do material.