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Militares da FAB também vão passar por quarentena ao voltarem de Wuhan, diz Bolsonaro
Diversas
Publicado em 05/02/2020

 

Militares da FAB também vão passar por quarentena ao voltarem de Wuhan, diz Bolsonaro

 

 

Aviões da FAB saem nesta quarta do Brasil rumo à cidade chinesa para repatriar brasileiros. Quarentena dos militares também deve ser em Anápolis, como a dos repatriados.

 

 

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (5) que os militares da Força Aérea Brasileira (FAB) que vão buscar os brasileiros na cidade chinesa de Wuhan também vão passar por quarentena quando voltarem ao Brasil.

 

A cidade de Wuham é a mais afetada pela epidemia de coronavirus na China. Até a última atualização desta reportagem, o país registrava 491 mortes provocadas pela doença e mais de 24 mil casos confirmados. No total, 24 países registram casos de coronavírus. O Brasil investiga 13 casos suspeitos.

 

Os aviões da FAB saem do Brasil nesta quarta, com destino a Wuhan. O governo decidiu no último fim de semana repatriar os brasileiros que estão na cidade onde se originou o surto de coronavírus.

 

O Ministério da Saúde já havia afirmado que os repatriados passariam por quarentena de 18 dias, na base aérea de Anápolis. Agora o presidente confirmou que a medida vai valer também para os militares.

 

"O pessoal chegando, inclusive nosso pessoal da Força Aérea, mais de uma dezena de militares, quando voltar também vão passar o carnaval em quarentena. Então, é responsabilidade acima de tudo trazendo esse pessoal de lá para cá", disse Bolsonaro.

No entanto, Bolsonaro não confirmou se os militares também passarão pela quarentena na base em Anápolis, ou se em outro local. O presidente deu as declarações ao sair do Palácio da Alvorada na manhã desta quarta-feira.

 

Os jornalistas questionaram o presidente sobre se ele se sentiu pressionado a mudar de posição com relação à repatriação dos brasileiros que estão na China. Bolsonaro respondeu que o primeiro motivo para não resgatar o grupo de pronto era a falta de infraestrutura necessária.

 

"Não tínhamos meio de buscar, primeira coisa. É igual àquela história: pergunta pra um capitão de artilharia: Não atirou por que? Eu tenho 30 motivos pra não atirar. Qual é o primeiro? Não tenho pólvora. Era a minha situação", afirmou.

Segundo Bolsonaro, desde o início do governo de Fernando Henrique Cardoso as Forças Armadas foram colocadas em uma situação "vexatória", no que diz respeito a armamento e equipamentos.

 

"Não tínhamos, não temos um avião cargueiro 130 pra buscar lá. Que Forças Armadas são as nossas? Esculhambaram as Forças Armadas, bagunçaram com as Forças Armadas. Tentaram de todas as maneiras dobrar a coluna vertebral das Forças Armadas nessa questão. E agora decidi. To sem avião pra transporte aqui dentro né, mas vou no outro menor sem problema", complementou.

Na última sexta-feira (31), Bolsonaro disse que não traria os cidadãos de volta ao Brasil porque "custa caro" e porque não havia lei de quarentena.

 

No dia seguinte, sábado (1º), um grupo de brasileiros que está na China divulgou um vídeo em apelo ao presidente com um pedido de ajuda para serem repatriados

 

Porém, na tarde do domingo (2), o governo federal anunciou que trará de volta todos os brasileiros que se encontram em Wuhan. Dois aviões da FAB partem nesta quarta de Brasília rumo à China para buscar os cidadãos.

Por Guilherme Mazui, G1 — Brasília

 

05/02/2020 08h36  Atualizado há 2 minutos

 

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