Ministros do STF são alvo de ameaça: “Tem que pegar e matar tudo”
Polícia Federal (PF) e a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) alertaram o ministro do Supremo Tribunal federal (STF) Alexandre de Moraes de que os integrantes da Corte estão sob ameaça de possíveis ataques terroristas.
Uma das conversas interceptadas pela PCDF na deep web trata da rotina dos ministros. Em um dos diálogos, aos quais o Metrópoles teve acesso, é possível ouvir: “Tem que matar tudo”.
Relator do processo que investiga ataques e agressões ao Supremo, Alexandre de Moraes repassou o alerta ao presidente do STF, Dias Toffoli – que, na última quarta-feira (12/02/2020), encaminhou aos demais magistrados da Corte o aviso –, a quem orientou reforço na segurança pessoal.
Os dados constam de ofício sigiloso, o qual reporta que uma célula terrorista pode estar preparando “agressões contra ministros deste tribunal”. As informações foram antecipadas pelo jornal Folha de S.Paulo e confirmadas pelo Metrópoles.
Em mensagens interceptadas pela Polícia Civil do DF, o grupo teria ressaltado que os ministros do Supremo poderiam facilmente ser alvo de agressões, dada a rotina que “facilita o contato físico e visual”.
Os supostos terroristas teriam dito, na deep web, que os ministros mantêm uma rotina que facilita o contato físico e visual. Seriam, portanto, autoridades de fácil acesso a indivíduos que pretendem fazer algum ataque.
A mensagem da célula terrorista teria sido captada em janeiro, na deep web, e sido disparada pela Unidade Realengo Marcelo do Valle.
Em nota divulgada no seu endereço eletrônico, a Polícia Federal informou que “tais ameaças eram genéricas e não traziam indícios de qualquer planejamento elaborado de possível atentado”. As investigações, diz o anúncio, continuam sob sigilo.
Leia na íntegra:
“Nas últimas semanas, monitoramentos de rotina, realizados pela PF, encontraram trocas de mensagens, via deep web, com ofensas e ameaças a autoridades da República (ministros do Supremo Tribunal Federal).
Tais ameaças eram genéricas e não traziam indícios de qualquer planejamento elaborado de possível atentado.
Todavia, cumprindo seu papel institucional e de forma preventiva, a PF informou ao ministro Alexandre de Moraes, no âmbito do Inquérito n.º 4781, sobre a existência de tais mensagens.
As investigações, a cargo da PF, seguem em sigilo e tramitam com o objetivo de identificar os responsáveis pela difusão de tais mensagens”.