Jair Bolsonaro afirma que vai recorrer para ter Alexandre Ramagem no comando da Polícia Federal.
Ontem, o governo cancelou a nomeação do diretor-geral da PF após o Supremo suspender o ato presidencial.
Em decisão liminar, o ministro Alexandre de Moraes considerou que houve desvio de finalidade na escolha do delegado.
E ressaltou que Jair Bolsonaro não observou os princípios constitucionais da impessoalidade.
A suspensão da posse atendeu a um pedido do PDT, explicou o vice-presidente do partido, Ciro Gomes, em entrevista à José Luiz Datena na Rádio Bandeirantes:
Ramagem se tornou próximo da família do presidente na campanha, quando fez a segurança pessoal do então candidato ao Planalto, após o atentado em Juiz de Fora.
Depois, ele assumiu o comando Agência Brasileira de Inteligência.
Jair Bolsonaro defendeu a independência entre os poderes e afirmou que vai insistir no nome do delegado para o comando da PF:
Apesar da promessa de Bolsonaro de insistir na nomeação, a Advocacia-Geral da União avisou que não deverá recorrer da decisão do Supremo.
O governo publicou um novo decreto, suspendendo a nomeação; em tese, isso torna sem efeito também a liminar do ministro Alexandre de Moraes.
Mas ao contrário do que disse a AGU, Bolsonaro avisou que o governo vai entrar com recurso porque é ele quem manda:
O cientista político e colunista da Rádio Bandeirantes, Fernando Schüler, afirma qe as interferências do Judiciário no Executivo são constantes:
A deputada federal Carla Zambelli, do PSL, também lamentoua o posicionamento do STF:
Sem Alexandre Ramagem, as posses marcadas para esta quarta-feira se restringiram ao novo ministro da Justiça, André Mendonça, e ao advogado-geral da União.
José Levi do Amaral Júnior prometeu uma atuação técnica e respeito à Constituição:
Ao assumir a vaga deixada por Sérgio Moro, o novo ministro da Justiça, André Mendonça, disse ser um servo e chamou Jair Bolsonaro de profeta:
Durante a cerimônia no Planalto, foi possível observar muitos tapas nas costas, conversas ao pé do ouvido, apertos de mão, aglomeração e pessoas sem máscaras.
Gestos que contrariam recomendações da Organização Mundial da Saúde por causa da pandemia de coronavírus.
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