'Não vou conversar com Witzel. Até porque brevemente já sabe onde ele deve estar', diz Bolsonaro
BRASÍLIA — O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira que não irá conversar com o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e que "sabe onde ele deve estar" brevemente. Witzel é investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por um suposto esquema de fraudes na Saúde.
O comentário de Bolsonaro foi feito após um apoiador, que se apresentou como sargento reformado da Polícia Militar (PM) do Rio, reclamar de uma taxação que estaria sendo aplicada pelo governo estadual.
— Eu não vou conversar com o Witzel. Até porque brevemente já sabe onde ele deve estar — disse Bolsonaro, na saída do Palácio da Alvorada.
Antes disso, outros apoiadores também já haviam criticados os governadores da Bahia (Rui Costa), Pernambuco (Paulo Câmara) e do Pará (Helder Barbalho). Bolsonaro disse, então, que está "ouvindo" os relatos, mas que não tem o poder de resolver tudo sozinho.
— Eu estou ouvindo aqui. Não tenho poder de resolver tudo. Sou um sozinho. É um sistema que a gente tem pela frente. Vai chegar a um ponto que vai passar o limite de muita gente.
Em outro momento, Bolsonaro afirmou que prefeitos e governadores também precisam ser cobrados:
— Tem governador, tem prefeito. Vocês votaram nesses caras também. Não vou falar o que tem que fazer. É duro fazer, vota com boa fé e o cara faz besteira muitas vezes. Estou ouvindo aqui, pode deixar que não vai ser deletado da minha cabeça nada, não. Mas eu não posso resolver tudo.
Presidente ouviu críticas sobre governadores, mas disse que não pode resolver tudo sozinho