Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, foi preso na manhã desta quinta-feira (18), em Atibaia (SP).
De acordo com o G1, os mandados de busca, apreensão e de prisão foram expedidas pela Justiça do Rio de Janeiro, em operação pela Polícia Civil e o Ministério Público de São Paulo.
A operação é um desdobramento da investigação que apura o esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Em dezembro de 2018, uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo revelou que Queiroz, que atuava como assessor de Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Alerj, recebia parte do salário dos demais servidores do gabinete. Uma dessas funcionárias, sua filha Nathalia Melo de Queiroz, depositou valor equivalente a 99% do que recebeu enquanto esteve como servidora do Legislativo fluminense (saiba mais aqui).
Essas análises foram feitas com base num relatório do antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) no âmbito da Operação Furna da Onça. O documento mostrou movimentação de R$ 1,2 milhão na conta de Queiroz, quantia considerada atípica para um assessor parlamentar e policial militar aposentado.
Vale pontuar que o nome do ex-assessor parlamentar voltou ao noticiário recentemente, quando o empresário Paulo Marinho, suplente de Flávio no Senado e ex-apoiador da família, disse que o filho do presidente foi informado previamente sobre a Operação Furna da Onça. Além disso, o empresário relatou que os policiais teriam "segurado" a operação, até então sigilosa, para que ela não ocorresse no meio do segundo turno e prejudicasse a candidatura de Bolsonaro.
Flávio nega as acusações de Marinho. Mas, de fato, Queiroz foi exonerado no período do suposto vazamento, pouco antes da operação ser deflagrada (saiba mais aqui). (Atualizada às 8h12)