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PGR segue rastro de dinheiro para descobrir financiadores de atos antidemocráticos no país
Diversas
Publicado em 22/06/2020
 

PGR segue rastro de dinheiro para descobrir financiadores de atos antidemocráticos no país

 

A Procuradoria-geral da República (PGR) começou a descobrir quem financia as manifestações antidemocráticas favoráveis ao fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF). As investigações estão seguindo o rastro do dinheiro para achar os financiadores. De acordo com o jornal O Globo, são duas fontes de financiamento de Sara Giromini, líder do movimento “300 do brasil”. Segundo as investigações, o grupo arrecadou R$ 10 mil às vésperas do ataque ao prédio do STF com fogos de artifícios. 

 

O jornal também diz que uma jornalista chamada Jéssica Almeida, se infiltrou no grupo de Sara para entender como ele funcionava e relatou que “o 300 do Brasil” arrecadou R$ 71 mil por meio de uma plataforma de doações coletivas. A PGR agora vai buscar saber quem está por trás desses repasses. Estão no alvo da PGR quatro deputados do PSL que podem ter usado dinheiro público para divulgar as manifestações antidemocráticas em suas redes sociais. Segundo o inquérito, Bia Kicis (DF), Guiga Peixoto (SP), Aline Sleutjes (PR) e General Girão (RN) gastaram dinheiro da cota parlamentar para propagar as mensagens virtualmente. Juntos, eles repassaram R$ 30,3 mil para a Inclutech Tecnologia, empresa do marqueteiro Sérgio Lima, responsável por cuidar da marca do Aliança pelo Brasil, partido que o presidente Jair Bolsonaro tentar criar. 

Outros seis deputados tiveram os sigilos bancário, fiscal e telemático quebrados por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, relator do caso na Corte: Daniel Silveira (RJ), Carolina de Toni (SC), Alê Silva (MG), Carla Zambelli (SP), Cabo Junio Amaral (MG) e Otoni de Paula (RJ), assim como o senador Arolde de Oliveira (PSD-RJ).  

 

A investigação da PGR calcula que sites bolsonaristas possam ter faturado com a transmissão de discursos feitos pelo presidente da República Jair Bolsonaro durante os protestos. A Folha Política pode ter faturado entre US$ 6 mil e US$ 11 mil ao exibir o que disse o presidente durante a manifestação do dia 3 de maio, diz o inquérito. Já em relação ao Foco do Brasil, segundo a PGR, o ganho pode ter alcançado algo entre US$ 7,55 mil e US$ 18 mil com uma transmissão feita no dia 19 de abril. O cálculo se baseia no relatório de uma empresa especializada em análises estatísticas de páginas do YouTube. 

 

A CPMI das Fake News identificou 2,065 milhões de anúncios pagos com verba da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) em sites, aplicativos de telefone celular e canais de YouTube que veiculam conteúdo considerado inadequado. Entre eles estão páginas que divulgam notícias falsas, oferecem investimentos ilegais e até aplicativos com conteúdo pornográfico. 

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