Após receber uma proposta do Guangzhou Evergrande, da China, o coordenador da base do Bahia, Roberto Braga, deixou o clube nesta semana, conforme antecipado pela reportagem do Bahia Notícias (leia aqui). A caminho de um projeto de "magnitude global", o profissional conversou com o BN e fez uma avaliação de sua passagem pelo clube, além de fazer elogios ao projeto.
"Vejo que o Bahia tem crescido muito e tenho convicção do que tem sido feito. É uma construção para competir a nível nacional e o clube tem estado muito seguro. O Bahia tem ideias que não dependem das pessoas. A gente fez um trabalho de criação e uniformização dos processos. Quem chega ao Bahia sabe como a base funciona, a ideia de jogo, os jogadores que estão em cada equipe... A integração é total", explicou.
O dirigente também comentou as críticas e as seguidas mudanças que a gestão das categorias mais jovens tem recebido nos últimos anos. Segundo ele, o clube tem uma estrutura que independe de pessoas.
"Quando cheguei, a diretoria mudou um pouco da estrutura de não ter o gerente para que mais pessoas participem da construção do dia a dia para o projeto não ficar órfão a cada mudança. O Bahia tem caminhado na direção de estabelecer ideias. Logicamente cada um deixa sua marca pessoal e essa saída não mudará a base do Bahia de rumo e é isso que o clube tem que buscar. O Athletico é um exemplo. Lá não existe um chefão, a metodologia está implantada", indicou.
Roberto Braga também falou ao BN sobre a utilização de jogadores da base, a busca por melhores resultados a nível nacional, a competitividade com outros clubes grandes do Brasil e a sua caminhada para trabalhar ao lado de Guilherme Dalla Déa, campeão da Copa do Mundo Sub-17 com a Seleção Brasileira.
por Ulisses Gama