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Posse de arma não resolve problema da segurança, diz ministro da pasta
Polícia
Publicado em 08/03/2018

Para Raul Jungmann, só uma polícia capaz e eficaz pode mudar a violência no país; ele foi entrevistado na Rádio Bandeirantes

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, não acredita que a facilitação da posse de arma para cidadãos e a revisão da legislação - tema debatido no Congresso Nacional - pode ajudar no problema da violência no país. Ele foi entrevistado no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, nesta quinta-feira (8).

Para ele, permitir que as pessoas tenham acesso a armas para se proteger "não resolve o problema da segurança pública".

"Tenho acesso a pesquisas e o que resolve é uma polícia eficaz e capaz, e não entregar a responsabilidade da própria existência para um indivíduo. A pessoa armada corre risco maior de letalidade, de perder a própria vida", explicou à rádio.

Entretanto, Jungman declarou que há exceções para a posse de arma. "Quem precisa de armas tem capacidade psicológica, tem treinamento e é preparado, a lei pode permitir que tenha em casa, chama posse. Mas são casos especiais, onde há necessidade e risco", disse.

O secretário falou ainda que o fato de uma pessoa ter arma em casa pode causar mais casos de violência. "Onde a pessoa vai guardar essa arma? Embaixo da cama? No guarda-roupa? Onde todo mundo pode ter acesso? Se tiver uma briga de casal ou alguma festa que tenha algum desentendimento, como vai acabar essa história?".

 

"Intervenção caminha bem"

O ministrou afirmou que a intervenção "tem caminhado bem". "Já trocamos comando da Secretaria de Segurança Pública, o comando da Polícia Militar e da Polícia Civil, que vai destinar mil veículos para as forças policiais do Rio; demos equipamentos para as polícias; estamos colocando os salários em dia e trabalho em conjunto integrado das polícias. Enfim, todo aparato de esforço do Estado brasileiro, no Rio está atuando de forma conjunta", explicou.

Sobre as operações que retiram bloqueios de ruas das comunidades diversas vezes na semana e os criminosos colocam as "barricadas" de volta, Jungmann disse que é "um problema pontual". "A reação é mostrar que isso não será aceito, monitorar e colocar esses bandidos na cadeia".

Ele falou que a "tragédia do Rio foi construída a longo de décadas" e que o resultado não será feito como um "passe de mágica, do dia para a noite". "Como se cobra que em seis ou sete meses o Rio tenha outra realidade?".

Fonte- Band

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