A cidade baiana com maior número de médicos cubanos em atuação pelo Programa Mais Médicos, Teixeira de Freitas, foi uma das seis no estado que elegeriam Jair Bolsonaro no segundo turno presidencial. Localizada no extremo sul da Bahia, a cidade teve 46,69% dos votos para o presidente eleito e 40,21% para Fernando Haddad (PT).
Além de Teixeira, ele superou o candidato do PT em outras cinco cidades: Buerarema, Eunápolis, Itabuna, Itapetinga e Luís Eduardo Magalhães. Haddad venceu em outros 411 municípios baianos.
No município de Teixeira de Freitas, 17 médicos atuam pelo programa, de acordo com a assessoria de comunicação da prefeitura. A cidade tinha 18 médicos, mas uma das profissionais solicitou retorno à Cuba porque ficou grávida.
Teixeira está no topo da lista das cidades baianas com maior número de cubanos no programa federal, que foi implantado em 2013 pelo governo Dilma Rousseff. No entanto, a saída de cubanos do programa foi anunciada pelo governo do país caribenho após declarações de Bolsonaro. O bahia.ba entrou em contato com o secretário de Saúde da cidade, Max Almeida, para saber o total de médicos que atendem na rede pública do município, mas não obteve retorno até a publicação.
De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), o segundo maior número de cubanos está na cidade de Euclides da Cunha, onde 16 cubanos atuam. Entre as dez cidades com maior número de cubanos, está Serrinha (9), Jacobina (9), Feira de Santana (9), Vitória da Conquista (8), Uauá (8), Remanso (8), Monte Santo (8) e Macaúbas (8).
Outros 18 cubanos estão distribuídos no Distrito Sanitário Especial Indígena da Bahia (DSEI-Bahia). Conforme dados de dezembro do ano passado do Ministério da Saúde, o distrito abrange 23 cidades em todo o estado e atende ao total de 29.284 indígenas, em 77 aldeias.
Atualmente, a Bahia tem 1.522 médicos do Programa Mais Médicos, que estão alocados em 363 municípios. Deste total, 846 são cubanos. É o segundo estado com maior número de cubanos, atrás apenas de São Paulo. Por conta do anúncio de Cuba, o secretário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, já busca alternativa para atenuar os efeitos da medida. O Ministério da Saúde fará ainda neste mês seleção para substituição dos profissionais. Na próxima segunda-feira, 19 de novembro, prefeitos baianos planejam ir à Brasília (DF) em mobilização para solucionar o problema.
Fonte- Sul Bahia News