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Bolsonaro tem sonda retirada e volta a se alimentar com dieta líquida, diz boletim
Saúde
Publicado em 13/09/2019

Bolsonaro tem sonda retirada e volta a se alimentar com dieta líquida, diz boletim

 

Presidente faz caminhadas para se recuperar da cirurgia para correção da hérnia que se submeteu no domingo. Ele ficará mais quatro dias afastado do cargo.

 

O presidente Jair Bolsonaro (PSL), que se recupera de uma cirurgia realizada em São Paulo, teve retirada a sonda nasográstica e voltou a receber dieta líquida, segundo boletim médico divulgado nesta sexta-feira (13) pelo Hospital Vila Nova Star. Ele vinha se alimentando apenas por dieta endovenosa. Segundo os médicos, Bolsonaro recebe a dieta líquida via oral mas ainda precisa do complemento da dieta intravenosa para alcançar a quantidade de calorias necessárias.

 

"Tiramos a sonda, demos um pouquinho de líquido, em geral 50 mL de hora em hora. Daí a necessidade de manter a dieta intravenosa", diz o cirurgião Antônio Macedo. "Quando puder aumentar o volume da dieta líquida sem que ele se sinta mal ou tenha uma distensão, eu começo a diminuir a parenteral e paralelamente aumentar a dieta oral. Por enquanto fica perigoso aumentar rapidamente a dieta líquida", afirmou o cirurgião-chefe Antônio Luiz Macedo.

 

Veja o boletim médico

"O Hospital Vila Nova Star informa que o Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, apresenta boa evolução clínica. Permanece sem dor, afebril e com melhora acentuada dos movimentos intestinais. Foi retirada a sonda nasogástrica e reintroduzida a dieta líquida. Está mantida a alimentação parenteral (endovenosa). Continua com fisioterapia respiratória e motora, deambulando pelo corredor. As visitas seguem restritas", diz o boletim.

 

A retirada da sonda estava prevista para noite de quinta-feira ou manhã desta sexta-feira. Segundo Macedo, durante a noite a sonda ainda estava aspirando ar, então decidiu fazer a retirada pela manhã.

 

"Nós pudemos retirar a sonda gástrica porque a drenagem foi bem reduzida de ontem para hoje. E ele começou a ter função intestinal", disse.

 

O presidente tem caminhado no corredor e feito fisioterapia respiratória.

 

Bolsonaro ficará afastado do cargo por mais quatro dias, mantendo a previsão da nota divulgada na tarde desta quinta-feira (12) pelo porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros. Ele deve retomar as funções do Executivo na próxima terça-feira (17).

 

"A alta se dá quando ele tiver sem a necessidade da [alimentação] parenteral e alimentando-se bem com a dieta líquida. O que deve acontecer daqui a três ou quatro dias", disse o doutor Macedo.

 

Diferente do que estava previsto anteriormente, de dias de repouso no próprio hospital após a alta médica, o médico afirmou que o presidente deve agora ir direto para Brasília. "Quando tiver alta ele vai para Brasília e a gente faz o retorno precoce, dentro de quatro ou cinco dias".

 

Segundo o porta-voz, está mantida a programação para a participação do presidente na Assembleia da ONU, em Nova Iorque, no dia 24 de setembro.

 

Às 19h desta quinta (12), Bolsonaro fez uma live no Facebook e falou pela primeira vez desde que passou pela cirurgia de hérnia. Ele fez balanço de medidas do governo federal e agradeceu aos médicos que o atenderam desde que levou facada durante as eleições do ano passado.

 

Foi a quarta operação desde a facada sofrida por ele durante a campanha eleitoral de 2018. Desta vez, o objetivo era corrigir uma hérnia (saliência de tecido) surgida no local das intervenções anteriores.

 

Desde domingo, o vice-presidente Hamilton Mourão ocupa o cargo de presidente da República de forma interina.

 

 

Por Marina Pinhoni, G1 SP

 

13/09/2019 10h40  Atualizado há 2 minutos

 

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