Bolsonaro afirma que não ofendeu ninguém ao criticar veto à indicação de Ramagem na PF
Jair Bolsonaro diz que não ofendeu pessoalmente ninguém, nem as instituições ao criticar o veto do Supremo que barrou Alexandre Ramagem no comando da Polícia Federal.
O presidente insistiu nesta quinta-feira na nomeação do chefe da Agência Brasileira de Inteligência.
A medida não seria por ele, mas pelo histórico do próprio delegado da Polícia Federal:
Mais cedo, Jair Bolsonaro classificou a decisão tomada pelo ministro do Supremo Alexandre de Moraes.
Ao criticar a suspensão da nomeação de Ramagem, o presidente questionou a forma como o integrante da Corte foi indicado:
Além do desrespeito ao princípio da impessoalidade, já que Alexandre Ramagem é próximo à família de Bolsonaro, Moraes argumentou que houve desvio de finalidade.
Segundo o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, o presidente usaria a indicação para ter acesso a informações sigilosas de investigações.
O chefe do Executivo disse que estuda outros nomes para a vaga, mas pediu que a Advocacia-Geral da União apresente recurso ao STF:
O problema é que não há mais possibilidade de recurso, já que a liminar perdeu o efeito quando Bolsonaro cancelou a nomeação de Ramagem no Diário Oficial.
Como estratégia, a Advocacia-Geral da União deverá apresentar um embargo de declaração para pedir esclarecimentos ao ministro Alexandre de Moraes.
A ação, em tese, serviria apenas para marcar território e não alteraria a decisão.
Jair Bolsonaro diz que não ofendeu pessoalmente ninguém, nem as instituições ao criticar o veto do Supremo que barrou Alexandre Ramagem no comando da Polícia Federal.
Gilmar Mendes defendeu o colega Alexandre Moraes, destacando que as decisões podem ser criticadas, mas, o que não se aceita, é a censura personalista aos membros do Judiciário.
Na sessão virtual do STF, vários outros ministros também fizeram elogios à Moraes:
Ontem, Alexandre de Moraes disse que o momento precisa ser de união para combater o coronavírus:
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, também diz que o embate tem que ser evitado.
Ele considera que o momento é de pacificar o clima político e unir esforços para combater a epidemia e os efeitos na economia: