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Aumento de mosquitos e mortes suspeitas preocupam moradores de Teixeira de Freitas
Saúde
Publicado em 16/05/2020

Aumento de mosquitos e mortes suspeitas preocupam moradores de Teixeira de Freitas

 

Nesta semana, duas mortes registradas pela rede pública municipal de saúde acenderam o alerta em Teixeira de Freitas para dengue e outras doenças transmitidas, geralmente, pelo Aedes aegypti.

Na manhã de segunda-feira (11), a Secretaria de Saúde confirmou a morte de uma adolescente de 13 anos. A causa mais provável considerada é dengue hemorrágica.

Dois dias depois, na quarta-feira (13), um jovem de 20 anos, que vivia em situação de rua, morreu após agravamento de um quadro de arbovirose.

Em contato com a Vigilância Epidemiológica, a Redação do jornal OSollo confirmou que as duas mortes foram consideradas suspeitas para as comorbidades e o resultado de exames, que foram direcionados para o Lacen-BA, em Salvador, ainda é aguardado.

Moradores do município relataram para nosso jornalismo a preocupação com o aumento de mosquitos, durante dia e noite, em diversos bairros.

As arboviroses são as doenças causadas pelos chamados arbovírus, que, entre outros, incluem o vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya e febre amarela.

Aliado às medidas de limpeza de quintais e evitar água parada por parte dos moradores, o Município informou, em nota, que já foi solicitado, em 4 de maio, ao Núcleo Regional de Saúde, que é vinculado ao Governo do Estado da Bahia, o serviço de fumacê, a fim de ajudar no combate ao mosquito Aedes aegypti.

Ainda que feito em cárater de urgência, o pedido foi seguido de uma ação direta do setor de endemias no bairro Caminho do Mar logo na quinta-feira (14).

Agentes de combate a endemias (ACEs) recolheram latas, recipientes plásticos, garrafas, pneus, lonas, sucatas e outros materiais que acumulam água, além do trabalho de conscientização de populares, que se manifestaram novamente pedindo mutirões em outros bairros.

O mutirão teve a participação da coordenadora do setor, Rutileia Paixão. Ela explicou que toda a ação teve respeitadas as medidas de segurança para contingenciamento do coronavírus.

Contamos com o apoio da população, pois os agentes entregaram os sacos de lixo nas casas e voltaram para recolher os materiais coletados. Esta medida foi tomada por conta da pandemia da covid- 19”, acrescentou Rutileia.

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Nesta sexta (15), o secretário municipal de Saúde, Hebert Chagas, anunciou o recebimento da John Deere (Lipetral), em comodato, de um trator com pulverizador para ajudar no combate à covid-19 e à dengue

Segundo ele, as ações devem ser iniciadas neste sábado (16).

Fique por dentro

Dengue: doença febril aguda, que pode apresentar um amplo espectro clínico, pois a maioria dos pacientes se recupera após evolução clínica leve e autolimitada, enquanto uma pequena parte evolui para gravidade.

É a mais importante arbovirose que afeta o homem, constituindo-se em sério problema de saúde pública no mundo. Ocorre e é disseminada especialmente nos países tropicais e subtropicais, onde as condições do meio ambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do Aedes aegypti e do Aedes albopictus.

Febre de Chikungunya: doença produzida pelo vírus chikungunya (CHIKV), transmitida por mosquitos do gênero Aedes, que cursa com enfermidade febril aguda, subaguda ou crônica. A enfermidade aguda se caracteriza, principalmente, por início súbito de febre alta, cefaleia, mialgias e dor articular intensa, afetando todos os grupos etários e ambos os sexos.

Em uma pequena porcentagem dos casos a artralgia se torna crônica, podendo persistir por anos. As formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito. A febre de chikungunya é uma enfermidade endêmica nos países do Sudeste da Ásia, África e Oceania.

Emergiu na região das Américas no final de 2013. O nome chikungunya deriva de uma palavra do idioma makonde, falado no sudeste da Tanzânia, que significa “curvar-se ou tornar-se contorcido”, descrevendo a postura adotada pelos pacientes devido à artralgia intensa.

Febre pelo vírus Zika: doença que foi detectada no país no ano de 2015, e a partir deste evento, tem se disseminado no país cursando de forma inédita segundo a literatura científica. Tendo encontrado ambiente favorável à sua disseminação, que é a presença do vetor Aedes em todo o país, em população sem imunidade à doença, vem causando enorme impacto à saúde de nossa população.

É uma doença viral aguda, transmitida principalmente, pelos mosquitos Ae. Aegypti e Ae. albopictus, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. Os casos costumam apresentar evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias.

Todavia, observa-se a ocorrência de óbitos pelo agravo, aumento dos casos de microcefalia e de manifestações neurológicas associadas à ocorrência da doença.

Febre amarela: doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, cujo agente etiológico é um arbovírus protótipo do gênero Flavivirus, da família Flaviviridae, transmitido por artrópodes, e que possui dois ciclos epidemiológicos de transmissão distintos: silvestre e urbano.

Do ponto de vista etiológico, clínico, imunológico e fisiopatológico, a doença é a mesma. Reveste-se da maior importância epidemiológica, por sua gravidade clínica e elevado potencial de disseminação em áreas urbanas. [Fonte: Sesab]

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Por

Elizeu Portugal/O Sollo

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15 de Maio de 2020 - 17:

 

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