Isolamento social está abaixo do recomendado nas 10 maiores cidades da BA; SSA tem 48,6%
O índice de isolamento social está abaixo do recomendado nos 10 maiores municípios baianos, conforme dados divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). Salvador alcançou a marca de 48,6% de isolamento nesta terça-feira (19), abaixo dos 50% recomendados pelas autoridades sanitárias.
Teixeira de Freitas (35,1%), Feira de Santana (37,6%) e Vitória da Conquista (38,8%) são os únicos entre os 10 maiores municípios baianos com índice de isolamento social abaixo de 40%. O número acende um alerta para essas cidades, que possuem 49, 250 e 92 casos confirmados da Covid-19, respectivamente, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab).
Recentemente, o titular da Sesab, Fábio Vilas-Boas, criticou a decisão da prefeitura de Feira de Santana de reabrir o comércio, afirmando que o ato possibilitou o aumento dos casos no município (veja aqui). Nesta semana, a gestão municipal feirense decidiu fechar novamente os estabelecimentos comerciais (veja aqui).
Outro alvo de críticas do secretário por reabertura do comércio, Jequié (40,6%) também registra um baixo índice de isolamento social e possui 209 casos confirmados da Covid-19. Juazeiro (40,2%), no Sertão do São Francisco, é outro município a apresentar números abaixo do recomendado, mas com apenas 31 casos da doença.
Camaçari (44,5%), com 130 casos, Itabuna (45,5%), com 693 casos, Lauro de Freitas (45,9%), com 280 casos, e Ilhéus (46,9%), com 457 casos, são os demais quatro municípios do ranking dos 10 maiores do estado, todos apresentando números de isolamento social abaixo do recomendado.
A situação é extremamente preocupante em Salvador, Itabuna e Ilhéus. Os três municípios integram, junto a Uruçuca (40,6% de isolamento) e Ipiaú (40,3%), o grupo dos cinco locais com os maiores coeficientes de incidência do novo coronavírus por um milhão de habitantes.
Segundo a Sesab, o isolamento social é a maneira mais eficiente de diminuir a taxa de contaminação do vírus e adiar o colapso do sistema de saúde, com a falta de leitos clínicos e de UTI para o tratamento da Covid-19.
por Lula Bonfim
