O governador Rui Costa (PT) é mais um gestor local a dizer que vai entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a liberação da vacina contra o coronavírus, caso a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não o faça com brevidade. A declaração foi feita na manhã desta quarta-feira (9) após ele anunciar a aquisição de mais 19,8 milhões de agulhas e seringas (veja aqui).
“Assim que ela for aprovada, regulamentada por qualquer órgão de expressão mundial, no nosso entender, a Anvisa não precisa repetir todos os protocolos e poderia aderir a esta aprovação. Nós acompanharemos dia após dia. Assim que qualquer vacina for aprovada internacionalmente por qualquer organismo, nós vamos atuar conforme for necessário. Se a Anvisa atrasar, nós vamos ao STF pra poder vacinar a população”, declarou. Antes dele, o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), foram alguns dos que se pronunciaram nesse sentido (veja aqui e aqui).
Cabe aos órgãos regulatórios de cada país a aprovação das vacinas. No caso do Brasil, a Anvisa ainda não recebeu nenhuma solicitação, mas o Ministério da Saúde tem conversado com a farmacêutica americana Pfizer, que desenvolve uma das vacinas contra o coronavírus com a alemã BioNTech.
As empresas já pediram autorização para vacinação emergencial nos Estados Unidos e na União Europeia e obtiveram o aval do governo do Reino Unido, onde a população já começou a se vacinar nessa terça-feira (8).
Além desse imunizante, a Coronavac, vacina da empresa chinesa Sinovac, é objeto de um acordo com o Instituto Butantan no Brasil. Como o instituto é ligado ao governo de São Paulo, o governador João Doria (PSDB) já anunciou o início da vacinação para 25 de janeiro, mesmo sem ter solicitado o registro da Anvisa.